O CHEFE de Estado reiterou ontem o seu compromisso com alcance da  paz efectiva em Moçambique ao receber os partidos extraparlamentares na Presidência da República.

 A convite de Filipe Nyusi, os partidos extraparlamentares, num encontro de pouco mais de uma hora, apresentaram as suas inquietações e contribuições sobre a situação politica e económica do pais, com mais ênfase sobre o diálogo em curso entre o Chefe de Estado e o líder da Renato, Afonso  Dhlakama.

Em jeito de resposta às varias questões levantadas individualmente pelos partidos presentes, o chefe de Estado disse que “não se devia perder a agenda do país, que é o desenvolvimento  e para isso era necessária a paz que é o problema que preocupa a população neste momento.

O Chefe de Estado garantiu que tudo esta sendo feito nesse sentido e disse que ia organizar encontros com estes partidos com alguns ministros para estes fornecerem informações do que está sendo feito  de uma maneira estruturada e haverá  espaço para diferentes intervenções poque isso vai ajudar no processo de alcance da paz efectiva em Moçambique..

Para o Chefe de Estado, as questões colocadas no encontro pelos partidos extraparlamentares são pertinentes porque, segundo disse, todos querem o bem.

Nyusi deu o exemplo da suposta lentidão da retirada das Forças de Defesa e Segurança na região Centro do pais, uma questão reclamada recentemente pelo líder da Renamo.

O Presidente da República explicou que comunicou-se com líder da Renamo na manhã do mesmo dia a informar que ia retirar as forças nas regiões de Mapanga Iciue e mais tarde Mazembe, mas, segundo disse, para desencadear um processo de descombate não tão linear como pode se pensar. Leva o seu tempo.

Acrescentou que o próprio líder da Renamo havia dado alguns digestões sobre a matéria e a maneira de flexibilizar o processo envolvendo os observadores  que foram escolhidos por ambas as partes.

Nyusi garantiu na sua intervenção que algumas posições das Forças de Defesa e Segurança já foram desactivadas, “e o que  agora que resta é decidir para onde serão deslocadas as que ainda restam”.

Afiançou  que o processo não está parado, “algo está sendo feito no terreno e já encontraram a melhor maneira de realizar este processo de retirada das Forças de Defesa e Segurança.

Relativamente a trégua, o Chefe de Estado disse que o importante é que  iniciou-se alguma coisa e as pessoas não estão a morrer, contrariamente ao que  acontecia antes do inicio dos contactos com o líder da Renamo.

O Chefe de Estado disse que as comissões criadas, nomeadamente sobre a descentralização e sobre questões militares é vão trazer consensos “e enquanto não acontecer isso não haverá tiro nenhum” para permitir que estes grupos discutam as questões da melhor maneira possível.

Disse que o grande segredo e continuam a construir confiança entre as partes.

Por seu lado, os partidos extraparlamentares, representando por Yacube Sybinde,  pediram mais encontros  periódicos com  o Chefe de Estado no mesmo figurino como forma a  contribuir com as suas ideias para os diversos problemas que apoquentam  povo moçambicano.

Para Sybinde os partidos extraparlamentares “são a indústria de fornecimento de matéria prima para a boa governação do país”.

Pediu ao Chefe de Estado  para que o próximo encontro pudesse ser  agendado, contrariamente a este, no qual poderiam  ter uma melhor preparação sobre as matérias a discutir.

      FERNANDO TONELA

 

 

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/politica/67988-num-encontro-com-partidos-extraparlamentres-nyusi-reitera-compromisso-de-alcance-da-paz.html

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