A avaliaçãodas instituições de ensino superior deve ser contínua de modo a garantir a elevação de qualidade dos cursos leccionados, investigação e extensão.

A ideia foi defendida, quinta-feira, pelo secretário permanente do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Celso Laíce, durante a segunda reunião sobre o Sistema Nacional de Avaliação, Acreditação e Garantia da Qualidade do Ensino Superior (SINAQES).   

Na ocasião, Laíce disse que a cultura de qualidade não pode ser reduzida à mera avaliação e procedimentos de medição. Acrescentou que esta deve ser encarada como um conjunto de valores e princípios partilhados pela comunidade académica.  

“Os governantes e gestores devem promover uma cultura de qualidade de ensino, apostando na promoção de uma interacção produtiva entre todos os públicos estratégicos da instituição”, disse.   

Laíce reconheceu que ainda existe um longo percurso para se alcançar uma plena acreditação dos cursos leccionados, programas desenvolvidos e as próprias instituições de ensino.

Avançou que dos mais de 850 cursos e programas oferecidos pelas 48 instituições de ensino superior a funcionar no país, apenas 66 foram avaliados para efeitos de acreditação e 17 participaram destes processos.     

Referiu que, apesar deste cenário, o Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade do Ensino Superior (CNAQ) tem vindo a aumentar a sua capacidade de avaliação e acreditação, sendo que em 2016 avaliou 29 cursos e 37 em 2017. Acrescentou que este ano a previsão é de 52.     

“Os resultados globais revelam progressos na melhoria da qualidade. Com efeito, em 2016, dos 29 cursos avaliados, apenas 14 foram acreditados (48%), enquanto em 2017, dos 37 cursos avaliados, 31 foram acreditados (83%)”, concluiu. 

    Fonte:Jornal Notícias

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