Treinador do Maxaquene diz que equipa irá jogar para vencer no clássico diante do Ferroviário de Maputo

António Muchanga continua a mostrar o caminho que pretende para o Maxaquene esta temporada. Todos os atletas entregam-se aos lances com a intensidade no nível máximo. Os avançados cumprem com a missão de fazer balançar as redes. E não é para menos. A poucos dias do clássico com o Ferroviário de Maputo, os “tricolores” querem atingir a melhor forma para entrar com o pé direito no Moçambola-ZAP.

O Maxaquene, segundo Antoninho Muchanga, vai jogar de peito aberto diante dos “locomotivas” que apostam na conquista do título. “Apesar das incertezas, nós já estamos preparados para o jogo. Sabemos que vamos defrontar um adversário difícil e estamos a preparar este jogo de forma humilde. Sabemos quem é o Ferroviário, respeitamos o nosso adversário. Nós temos as nossas armas para podermos fazer um grande jogo e conquistarmos os três pontos que estão em disputa”, disse o técnico do Maxaquene.

Adiante, o técnico reconheceu os progressos na equipa, com os jogadores a assimilarem os processo de jogo que está a implementar, mas diz que ainda há muito trabalho pela frente. “Há muitos jogadores jovens ainda e com muita coisa para aprender. Mas aos poucos vão assimilando, pois não podemos fazer isso em apenas dois ou três meses. Estamos a construir paulatinamente a equipa”, frisou. E acrescentou: “Estamos a 50/60 por cento daquilo que é o sistema técnico-táctico que montamos para os jogadores poderem corresponder aquilo que são as nossas expectativas”, indicou. Sem Girrugo, internacional moçambicano que rumou ao Costa do Sol, e Simplex, que seguiu para o Chingale de Tete, os “tricolores” ficam desprovidos de avançados experientes. “Não tenho como. São os jogadores que tenho. É com eles que posso contar. Já não posso inscrever ninguém, pois as inscrições terminaram. Estou satisfeito com este grupo de trabalho, acho que vai dar alegrias ao Maxaquene e aos adeptos”, disse o técnico.

Com uma miscelânea de jogadores jovens e experientes, tais como Manuelito e Pai (emprestado pelo Costa do Sol) e Campira (que regressa a casa que bem conhece), Antoninho Muchanga espera montar uma estrutura coesa que permita aos “tricolores” fazerem uma prova tranquila. “Com a sua experiência e maturidade, vão transmitir aos jovens outros valores. Trouxemos estes jogadores para transmitir equilíbrio à equipa, porque não podemos ter somente jovens. Temos que apresentar uma equipa com pessoas experientes também capazes de comandar os jovens nos momentos bons e maus, pautar o jogo naquilo que é a disciplina para melhor perceber aquilo que a gente traçou”, indicou.

O Maxaquene conquistou o título de campeão nacional, pela última vez, em 2012, ano em que era orientado por José Arnaldo Salvado, técnico com mais títulos no país. Esta temporada, os “tricolores” sofreram uma razia com a saída, entre outros, de Isac e Luckman, avançados influentes que garantiam consistência no ataque. Por força destas saídas, o plantel sofreu algumas transformações e há que dar tempo para se construir uma estrutura forte.

Os adeptos, acostumados a lutar pelo título, “terão que perceber as mudanças”. Antoninho Muchanga diz que “só quem não está no Maxaquene é que não consegue perceber”, pois as coisas estão “bem claras”. O técnico-adjunto: “são vinte jogadores novos que estão aqui. Estamos a formar uma equipa, basicamente não pode haver muita pressão. Eu peço aos adeptos e sócios, em particular, para que apoiem a equipa nos momentos bons e maus para poderem crescer e aparecer e termos novos jogadores para que, daqui há dois ou quatro anos, possamos pensar em altos voos”, notou.


 

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