Tais resultados indicam, explica, que o sistema financeiro moçambicano continua sólido, saudável e adequadamente capitalizado, apesar de o crédito mal parado, em média, ter superado os 12 por cento no presente semestre.A inflação, objectivo principal da política monetária, estabilizou em níveis abaixo de 5 por cento ao longo de todo o ano.A conjuntura económica caracterizou-se por uma política monetária orientada para a redução das taxas de juro, factor de estímulo à actividade económica em geral, e para as pequenas e médias empresas, em particular.A medida tem resultado num dinamismo da actividade económica, embora o Produto Interno Bruto (PIB) continue a crescer de forma moderada e abaixo do seu potencial. O PIB cresceu em 3,2 por cento, no terceiro até o terceiro trimestre, o que corresponde a cerca de duas vezes mais o aumento registado no trimestre homólogo de 2017.A actuação do Banco Central no mercado cambial, em 2018, foi no sentido de realizar intervenções pontuais para suprir as necessidades de importação de combustível e corrigir a volatilidade excessiva da taxa de câmbio. O saldo das reservas internacionais brutas manteve-se acima de três biliões de dólares norte-americanos, o considerado suficiente para cobrir cerca de sete meses de importações de bens e serviços.A taxa de câmbio do Metical (moeda nacional) em relação às moedas dos principais parceiros, com destaque para o dólar norte-americano, manteve-se em geral estável ao longo do ano, em torno de 60 meticais, com registo de alguns momentos de uma certa volatilidade no início do ano e numa parte do terceiro trimestre. Estes são alguns dos resultados arrolados pelo governador do BM durante o encontro para o brinde de fim de ano com o sistema financeiro nacional, realizado esta sexta-feira, em Maputo, concretamente, com instituições governamentais, de crédito e sociedades financeiras, associações económicas e socioprofissionais, comunidade académica, parceiros de cooperação internacional e comunicação social. O encontro serviu para o balanço preliminar do ano e apresentar perspectivas para 2019. “Os resultados positivos alcançados em 2018 alimentam as nossas expectativas de curto e médio prazo, de uma melhoria significativa da conjuntura económica do país. Para 2019, calibraremos os instrumentos de política monetária e cambial para que a inflação se situe em torno de um dígito. Ao nível do sector financeiro, continuaremos vigilantes para garantir que as instituições continuem a observar as boas práticas internacionais e cumpram rigorosamente as recomendações e normas emanadas pela nossa instituição”, referiu.Rogério Zandamele assegurou ainda que o Banco de Moçambique vai manter o compromisso com o regime de taxa de câmbio flexível, que vai servir de ajuste para os choques cambiais não esperados, podendo ocorrer intervenções para corrigir a volatilidade excessiva e indesejável.A conjuntura económica de 2018 foi marcada pela consolidação da estabilidade macroeconómica iniciada em 2017, após as fortes medidas tomadas em 2016.[CC]

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