Após terem ficado detidos durante cinco dias, 17 jovens que participaram nas manifestações pacíficas na última sexta-feira, na cidade de Maputo, foram ontem (31) restituídos à liberdade por ordens da juíza da segunda secção criminal do Tribunal Judicial de KaMpfumo.

 

Sobre estes jovens recaiam acusações de crimes de associação para obstruir a via pública, porte de bombas caseiras, vandalização e destruição de bens públicos e privados. Segundo informações colhidas pela “Carta”, o tribunal não encontrou elementos para condenar e manter 27 jovens detidos, sendo 17 na sexta esquadra e os restantes noutro local. Entre os detidos estavam indivíduos com idades compreendidas entre 17 e 45 anos de idade.

 

De acordo com relatos de familiares que estiveram presentes no tribunal, desde segunda-feira, a Polícia da República de Moçambique levou pneus e sacos de garrafas, alegando que os jovens foram encontrados na posse destes instrumentos, numa autêntica tentativa de inventar provas para incriminar os detidos.

 

Entretanto, pouco depois da soltura dos jovens, o cabeça-de-lista da Renamo na cidade de Maputo, Venâncio Mondlane, anunciou o retorno às marchas amanhã para celebrar a soltura dos detidos. Mondlane esclareceu que, durante as manifestações, os membros e simpatizantes da Renamo nunca destruíram sequer um espelho de um carro.

 

“Os membros da Renamo que estão na marcha há 15 dias nunca criaram absolutamente nenhum distúrbio. Aproveito agora para dizer que nesta quinta-feira vamos retornar às marchas para celebrar a soltura destes jovens e para celebrar também a nossa vitória na cidade de Maputo”, frisou Venâncio Mondlane. Lembrar que o julgamento que decorreu no Tribunal da cidade de Maputo foi à porta-fechada e vedada a entrada de jornalistas.

 

Aos familiares dos detidos também não foi permitida a entrada na sala de audiência alegadamente por falta de espaço. (Carta)

Fonte: Carta de Moçambique

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