A  Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) suspendeu por trinta dias, após conversações com o Governo, a greve marcada para ter início hoje.

 

A suspensão resulta das conversações mantidas com o Governo desde o anúncio, no domingo, do regresso à greve e que culminaram com o cumprimento de alguns pontos do caderno reivindicativo, entre os quais, o enquadramento dos profissionais de saúde, visitas de monitoria às unidades hospitalares e a resolução das irregularidades no pagamento dos subsídios.

 

Falando em conferência de imprensa, esta quarta-feira (27), a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) garantiu que a greve ficou suspensa na sequência das promessas do Governo.

 

“Durante as conversações com o Governo, logo após ao anúncio da nova greve, ficamos a saber que o Governo adquiriu 400 ambulâncias para todo o país, o que constitui um ganho para nós e para a população”, disse o porta-voz da APSUSM, Anselmo Muchave.

 

Referiu-se igualmente ao incremento na compra de medicamentos, luvas, seringas, fios de suturas, máscaras, gesso, aventais de borracha, equipamento para lavandarias dos hospitais centrais e gerais e mobiliários hospitalares. Muchave detalhou que foi aprovado documentalmente o lançamento do concurso internacional para o fornecimento de uniformes para toda a classe do sistema nacional de saúde.

 

“Foi igualmente aprovado o início de negociações com os parceiros para apoio ao Orçamento do Estado para o reenquadramento do pessoal do regime geral”, anunciou a fonte, acrescentando que teve início esta quarta-feira a tramitação do expediente relativo aos subsídios em dívida dos profissionais de saúde do regime geral e específico.

 

Quanto ao pagamento das horas extras, Muchave garante que segundo os documentos apresentados pelo Governo vão ser pagos possivelmente até fim de Abril. Entretanto, sobre as mudanças de carreira, o porta-voz da APSUSM esclareceu que já foram submetidos os documentos ao Ministério da Economia e Finanças para o reenquadramento do grupo que já terminou os seus estudos, mas as conversações vão decorrer ainda este ano.

 

“É necessário o apetrechamento dos blocos operatórios do país, e todos os técnicos superiores de cirurgia, saúde materna, anestesistas, instrumentação e toda a equipa presente no bloco operatório, serão atribuídos um subsídio de disponibilidade”, avançou.

 

Muchave disse que vão continuar os encontros entre o Governo e APSUSM, como mecanismo para monitorar o cumprimento das promessas feitas para suspender a greve. (M.A)

Fonte: Carta de Moçambique

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