A UNIVERSIDADE Eduardo Mondlane (UEM) é uma das quatro instituições de investigação que integram um projecto internacional de pesquisa sobre mudanças climáticas, que está a ser implementado no país e no Quénia.

Trata-se de uma iniciativa denominada FoRel, da qual fazem parte os Departamentos de História e de Ciências Biológicas da UEM, Centro de Resiliência da Universidade de Estocolmo(Suécia), Universidade de Pwani e a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, do Quénia.

Com término previsto para 2022, oprojecto tem como objectivo consciencializar ascomunidades da região insular de KaNyaka, na capital do país, e da cidade deMombasa, no Quénia, sobre os efeitos das mudanças climáticas e das acções podem ser lavadas a cabo para combate-los.

Uma das estratégias usadas para o efeito é o teatro-fórum, um método que reúne exercícios, jogos e outras técnicas das artes cénicas, cuja direcção artística esteve a cargo de Dadivo José, com um elenco composto por estudantes do curso de Licenciatura em Teatro na UEM.

Recentemente foram apresentadas, no distrito municipal KaNyaka, peças teatraisnas comunidades de Nyakene, Hunguana e Robwene, como forma de disseminar  resultados de pesquisa e extensão universitária.

Através deste método os habitantespuderam participarna busca de soluções para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

As peças teatrais foram apresentadas ao ar livre, sem distinção entre os actores e espectadores, o que permitiumaior interacção entre as partes na discussão de sugestões para uma gestão sustentáveldos ecossistemasda Ilha de Inhaca.

O projecto consiste também narecolha de depoimentos orais, através de entrevistasegrupos focais de discussão e consulta documental, sob orientação dos investigadores Marlino Mubai, Taís Gonzalez, Salomão Bandeira e Dadivo José.

Nos próximos dois anos, a expectativa para além da produção de artigos científicos, os jovens de Inhacasejamtreinados em matéria de teatro-fórum para continuarem com as acções de sensibilização das comunidades sobreosefeitos das mudanças climáticas e da acção humana sobre os ecossistemas e biodiversidade da Ilha.

Fonte:Jornal Notícias

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