Depois da SIE Xmoney Moçambique, Lda., denunciada em princípios do mês de Abril último por operar ilegalmente no sistema financeiro nacional, a partir da província de Nampula, agora é a Tunex Moçambique, também com sede na província mais populosa do país, a ser publicitada pelas mesmas razões.

 

Num comunicado divulgado, há dias, o Banco de Moçambique relata que, após denúncia, efectuou uma inspecção à Tunex Moçambique, representada pelo Senhor Ernesto José, com sede na Av. do Trabalho, Estrada Nacional n.º 8, cidade de Nampula, tendo constatado que a referida entidade vem praticando, sem a devida autorização, operações legalmente reservadas às instituições de crédito e outras instituições autorizadas à intermediação financeira.

 

“A Tunex Moçambique orquestrou um esquema com vista à concessão de crédito, com prazo até 12 meses, para a aquisição de produtos, bens e serviços, fixados em 5.000,00 MT, 20.000,00 MT e 50.000,00 MT, para os quais eram cobradas taxas de organização de processos nos valores de 40,00 MT, 400,00 MT e 1.040,00 MT, respectivamente”, lê-se no comunicado.

 

Adicionalmente, o regulador do sistema financeiro nacional diz que, no acto de liquidação das referidas dívidas, seria cobrada uma comissão de prestação de serviços nos montantes de 799,00 MT, 999,00 MT e 2.499,00 MT, respectivamente.

 

Em comunicado, aquela instituição diz ter participado o facto às autoridades competentes para a tomada de medidas apropriadas, incluindo a responsabilização dos infractores, para proteger os cidadãos e a economia nacional.

 

Para prevenir situações semelhantes, o Banco de Moçambique reitera a advertência ao público em geral a não adesão a contratos de natureza ilegal e fraudulenta, bem assim a sua disponibilidade para quaisquer esclarecimentos sobre instituições financeiras suspeitas, através do seu Departamento de Supervisão de Conduta.

 

Recentemente, o regulador do sistema financeiro nacional inspeccionou a SIE Xmoney Moçambique, Lda., representada pelos Senhores Julicardo Hermínio António (Director-Geral) e Domingos Arcanjo (Director-Executivo), também com sede na Província de Nampula, concretamente no Bairro Mathapue, Estrada Nacional n.º 08, Nacala-Porto, com extensão em todas as capitais provinciais, incluindo Matola e Boane, tendo constatado que a aludida entidade vem praticando actos ilícitos.

 

Essencialmente vinha prometendo aos investidores, clientes, poupadores, um ganho de 25% do valor depositado, poupado e/ou investido e suas operações consistiam na recepção de fundos do público, sob a forma de investimentos em meticais, num montante mínimo equivalente a 30,00 USD (trinta dólares norte-americanos), com promessa de remuneração de até 300% anuais. (Carta)

Fonte: Carta de Moçambique

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