As autoridades sanitárias exprimem a sua preocupação com o rápido crescimento de doenças pulmonares nas zonas de extracção mineira em Moçambique, particularmente nas províncias de Tete e Nampula.

A preocupação foi manifestada ontem, em Maputo, pela directora nacional adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe, à margem do lançamento do projecto intitulado “Avaliação do Impacto na Saúde para o Engajamento de Projectos de Extracção de Recursos Naturais no Desenvolvimento Sustentável nas Regiões produtoras”.

“Nós achamos que este estudo possa ser o início que vai trazer alguma evidência do que está a acontecer no país em relação a indústria extractiva e à saúde da população”, disse a fonte, afirmando que ainda é prematuro avançar números.

Segundo a AIM, ela explicou que também é o início de um trabalho que pode trazer grandes resultados. As doenças não transmissíveis e pulmonares crónicas registam uma tendência crescente nas províncias onde se verifica uma grande actividade mineira, tais como Tete e Nampula.

O projecto, que visa avaliar o impacto na saúde das actividades de exploração mineira, será conduzido pela Fundação Manhiça através do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, em colaboração com o Instituto Suíço de saúde Tropical e Pública (Swiss Tropical and Public Health Institute).

A fonte referiu que o projecto vai permitir a regulamentação e mitigação dos impactos adversos no âmbito da agenda do desenvolvimento sustentável no que concerne a saúde pública.

O representante do Ministério dos Recursos Minerais e Energia disse que uma das estratégias no âmbito da exploração mineira e petrolífera é garantir que as actividades mineiras não resultem em impactos negativos à saúde pública e meio ambiente.

    Fonte:Jornal Notícias

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