Governo faz balanço positivo do Estado de Emergência

O Ministério da Saúde faz um balanço positivo da implementação e resposta social das medidas de prevenção contra a COVID -19, estabelecidas pelo decreto do Estado de Emergência, em vigor desde o início do mês.

O balanço preliminar dos 21 dias do Estado de Emergência no país foi apresentado pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, no final da 13ª sessão ordinária do Conselho de Ministros que esteve reunido nesta terça-feira.

Medida-a-medida, o ministro foi dando a avaliação preliminar, que, no geral, dá um panorama positivo sobre a resposta e o respectivo impacto social.

“Nós fomos analisando, de forma genérica, todas as medidas que foram decretadas a quando da declaração do Estado de Emergência e só para recordar, nós tivemos a suspensão e cancelamento de vistos dos vistos (de entrada) já emitidos. Esta medida, associada ao encerramento parcial das fronteiras determinou, de forma considerável, a diminuição do número de entradas no nosso país e, como consequências, obviamente, a diminuição de trazer a infecção dos países vizinhos” avaliou o ministro.

No que diz respeito a obrigatoriedade de quarentena para casos específicos, o ministro da Saúde diz que há desafios, mas, de uma forma geral, o resultado é positivo.

“Foi, também, decretada a obrigatoriedade de quarentena para todas as pessoas que tenham contacto ou provenientes de países com casos de COVID-19 e nós achamos, em termos de balanço, que esta medida, embora possa ter os seus desafios em termos de controlo e monitoria, ela é aceitável e poderemos melhorar, consideravelmente, quando for necessário” disse Armindo Tiago.

No sector da Educação, o decreto de Estado de Emergência determinou a suspensão total das aulas, contudo, “o que nós notamos é que, muito provavelmente, muitos dos estudantes que deveriam estar em casa continuam a se movimentar” disse o ministro, deixando um apelo, em particular, para os estudantes.

“Devo salientar aqui que o vírus não anda, quem transporta o vírus são as pessoas, de um lugar para o outro, portanto, a mensagem fundamental é para aqueles que tem dispensa, quer de rotatividade de serviço, quer os estudantes que foram dispensados, devem ficar em casa e dessa forma vão diminuir o contributo que tem ao nível dos transportes, em termos de impacto e sobrecarga”.

Outro desafio apontado pelo Governo tem a ver com aglomerados, sobretudo em funerais, onde muitos casos há em que o limite estabelecido durante o Estado de Emergência em curso (20 pessoas) não é cumprido.
“A nossa constatação é que…as cerimónias fúnebres são cerimónias que tradicionalmente tinham características próprias e para mudar, achamos que vai levar o seu tempo” avaliou Armindo Tiago.

 

IMPACTO NOS PREÇOS

Um dos receios que estava subjacente com a entrada em vigor do Estado de Emergência era um possível especulação de preços e uma crise no abastecimento ao nível do mercado, contudo, o Governo olha com satisfação a resposta social.

“Estamos a ver com satisfação que muitas das estão a acatar com as recomendações do Governo, não sentido de garantir que não haja aumento de preços, nem especulação, em virtude da circunstância da COVID-19”.

Feita a avaliação, o Governo exorta ao empresariado nacional para se reinventar e colaborar no combate a esta pandemia.

“Queremos reforçar, em nome do Governo, essa noção de que a nossa indústria nacional deverá encontrar na COVID-19uma oportunidade para garantir que possa reorientar a sua actividade para a produção de insumos relativos a esta pandemia” exortou o Ministro da Saúde.

 

Prorrogação do Estado de Emergência em perspectiva

Quando falta uma semana para o fim do Estado de Emergência em vigor no país, o Governo deverá tomar, dentro da próxima semana, um novo posicionamento a cerca da prorrogação ou não do momento.

Apesar do impacto positivo que as medidas de prevenção impostas pelo decreto em curso, o Ministro da Saúde diz que ainda é prematuro perspectivar o alívio ou não das medidas em curso, pois, há vários factores que deverão ser tidos em conta.

“O Estado e Emergência foi decretado por 30 dias. Qualquer decisão que o Conselho de Ministros possa tomar há-de ser depois dos 30 dias, portanto, o que podemos dizer hoje é que este é um balanço preliminar da implementação das medidas de emergência e o Conselho de Ministros vai, de certeza, convocar uma reunião para fazer o balanço final do processo de implementação destas medidas e nessa altura há-de se ver qual há-de ser a decisão a tomar no que concerne a possíveis cenários de manutenção ou de agravamento ou de alívio, mas, este elemento também vai ser influenciado, como é óbvio, pela tendência dos casos da COVID 19 em Moçambique possam assumir” explicou o ministro.

 

 

Fonte:O País

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