BARRAGEM MOAMBA MAJOR: Governo procura parceiros para retomar construção

O GOVERNO está a negociar com três potenciais parceiros internacionais a viabilização do investimento na conclusão das obras da barragem de Moamba-Major, na província de Maputo.

Neste momento, segundo o Director Nacional de Gestão de Recursos Hídricos (DNGRH), Messias Macie, em entrevista ao “Notícias”, o executivo está a avaliar a melhor proposta de modo a seleccionar uma que terá participação nas obras, em regime de não exclusividade.

Segundo Macie, no mais curto espaço de tempo, o Governo vai concluir a avaliação das propostas e avançar com os passos subsequentes visando dar-se continuidade das obras, que se encontram paralisadas devido à falta de comparticipação do Governo moçambicano no empreendimento, no valor de 200 milhões de dólares.

Neste momento, de acordo com a fonte, as obras continuam paralisadas porque há necessidade de se assegurar a comparticipação, uma vez que, nos termos do acordo sobre o assunto, o projecto é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil (BNDS), com uma comparticipação a cargo do Governo moçambicano que, devido à conjuntura económica actual, não conseguiu assegurar a sua parcela.

“Nós dizemos aos parceiros privados que quem quiser juntar-se a nós neste exercício, pode. Então neste momento há três grandes concorrentes, todos em regime de não exclusividade. A ideia é que vamos avançar com o primeiro a chegar, com a melhor opção, para permitir que as obras possam ser retomadas o mais rápido possível”, afirmou.

Portanto, segundo Macie, tudo pode acontecer já nos próximos tempos, uma vez que todos os investidores garantem que, ainda este ano, já haverá toda engenharia financeira para a barragem, sendo por isso grande a expectativa do Governo.

A barragem, cuja primeira pedra foi lançada em 2014, terá capacidade para armazenar 760 milhões de metros cúbicos de água, controlar o fluxo do rio Incomáti, melhorar o abastecimento de água às cidades de Maputo, Matola e Ressano Garcia e ter uma central para produzir 15 megawatts de energia eléctrica.