Numa audição no Senado, Pompeo confirmou que Washington irá apresentar “num futuro próximo” uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU para alargar o embargo à venda de armas convencionais a Teerão, que expira em 18 de Outubro. “Esperamos que seja aprovado pelos outros membros permanentes” do Conselho, disse Pompeo, embora admita ser provável que a China, ou mesmo a Rússia, usem o seu poder de veto para se opor.”Se não for adotado, tomaremos as medidas necessárias para assegurar que este embargo de armas não expire”, disse Pompeo.Os Estados Unidos sentem-se no direito de impor o restabelecimento de sanções económicas da ONU a Teerão, levantadas como parte do acordo internacional de 2015 sobre o programa nuclear iraniano, embora o Presidente dos EUA, Donald Trump, tenha retirado em 2018 o seu país desse acordo.”Temos a capacidade de implementar esta reintegração e vamos usá-la de forma a proteger e defender a América”, advertiu o chefe da diplomacia norte-americana, que nunca tinha afirmado com tanta clareza que Washington está preparado para concretizar esta ameaça.A administração Trump acredita que o acordo de 2015 é insuficiente para impedir o Irão de adquirir a bomba atómica.O Departamento de Estado quer utilizar um argumento jurídico: desde que a resolução do Conselho de Segurança que aprovou o acordo de 2015 sobre o programa nuclear do Irão apresentou os Estados Unidos como um Estado “participante”, então pode impor o regresso das sanções.Os aliados europeus de Washington, embora dispostos a alargar o embargo de armas, manifestaram reservas quanto à estratégia a seguir.

Fonte : Folha de Maputo

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