A taxa de indivíduos adultos em Moçambique que não tiveram oportunidade de estudar é de 45%, mas o número de mulheres que não sabe ler nem escrever é duas vezes superior ao dos homens.

A situação é mais prevalecente nas áreas rurais, onde vivem 57% das pessoas não alfabetizadas, em comparação com 23%, que residem nas áreas urbanas.

Os dados são avançados pela Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, UNESCO, que está a promover o Programa de Desenvolvimento de Capacidades para a Educação, PDCE, em conjunto com o governo moçambicano.

O objectivo passa por desenvolver um novo currículo para a Educação Primária para Jovens e Adultos, que, actualmente, está a ser testada no país. O programa também promove a formação de professores.

A iniciativa apoia ainda um Programa de Aprendizagem Familiar, originalmente, desenvolvido pelo Fundo Malala.

Este programa é destinado a famílias não alfabetizadas e contempla alfabetização, o ensino de matemática e competências do dia-a-dia, tais como técnicas de higiene, nutrição e educação dos filhos.

O programa visa também lidar com a falta de educação infantil em Moçambique, uma vez que apenas 4% das crianças com menos de 5 anos recebem este tipo de educação.

Segundo a Unesco, o Programa de Aprendizagem Familiar está já a ser implementado em duas províncias, Nampula e Maputo.

A agência diz que esta limitação “impede o acesso a empregos com salários elevados e a participação política e social.” Para além disso, “perpetua o ciclo de pobreza a longo prazo.”

(ONUNEWS)

    Fonte:Jornal Notícias

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