Empresas moçambicanas estão a investir na construção de câmaras frigoríficas para a conservação de produtos frescos e congelados, que podem beneficiar aos produtores e vendedores dos mercados das grandes cidades e mitigar casos de deterioração, que amiúde acontecem, com particular destaque na época quente.
Numa altura em que as duas câmaras instaladas no Mercado Grossista do Zimpeto, em Maputo, estão encerradas, há alguns meses, por desatinos entre a administração do mercado e a empresa concessionária, outros empreendedores privados investem em vários pontos do país neste tipo de equipamento.
Aquelas duas câmaras, com capacidade instalada de 30 toneladas cada, foram inauguradas, há poucos anos, com “pompa e circunstância”, entretanto, já estão inoperacionais.
Aquando da sua inauguração foi divulgado que as mesmas custaram cerca de um milhão de dólares norte-americanos desembolsados pelos Ministérios da Agricultura e Segurança Alimentar e Indústria e Comércio e pelo município de Maputo.
Apesar de resultarem de financiamento público, estes equipamentos eram geridos por um operador privado, que, segundo a administradora do mercado, Ester Isabel, pediu rescisão do contrato, mas a administração do mercado não aceitou levar as chaves, porque ele devia deixar os frigoríficos em condições.
“Não sabemos o que está estragado, porque quando foi concessionado não estávamos aqui, mas ele deve repor o equipamento danificado. Actualmente, os frigoríficos estão fechados, porque foram detectadas algumas irregularidades”, disse.
O jornal “domingo” apurou que já existem particulares que submeteram cartas ao município para explorar aquelas infra-estruturas, mas ainda estão à espera do despacho.·
Até recentemente este tipo de sistema era usado apenas por supermercados para a conservação, uma vez que no país a cultura de recorrer aos armazéns de frio para a preservação de produtos frescos, com destaque para hortícolas frutas, entre outros, ainda não está enraizada.

Com vista a contrariar esta tendência, operadores privados têm estado a investir na construção deste tipo de infra-estruturas, com capacidade para receber várias toneladas de frescos congelados. A título de exemplo, o Supermercado Terramar investiu na construção de um armazém frigorífico, que permite a congelação e armazenamento em simultâneo de cerca de três mil toneladas, o que equivale a 100 contentores de 40 pés cada.
O grupo INALCA Moçambique, uma empresa que importa e vende produtos congelados, investiu cerca de 25 milhões de dólares norte-americanos para a construção de dois armazéns de frio em Maputo e na cidade central da Beira.
 

    Fonte:Jornal Notícias

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