“Está claro que a vontade do Partido Conservador no Parlamento é que deveria haver um novo líder do partido e, portanto, um novo primeiro-ministro”, disse o ainda chefe do Executivo, em mensagem à população lida diante do número 10 da Downing Street, a residência oficial do chefe de Governo, escreve a DW.Johnson apareceu em público cercado dos colaboradores mais próximos, da mulher, Carrie, e uma de suas filhas.O primeiro-ministro garantiu que já foi iniciado o processo para substituí-lo e que, na próxima semana, será apresentado um cronograma para as mudanças.Johnson lembrou que, até que os conservadores escolham um novo líder, ele seguirá à frente do governo de forma interina. No entanto, na oposição, há muitas vozes que pedem uma renúncia imediata.Processo de substiuiçãoO PM garantiu que falou com Graham Brady, presidente do Comitê 1922 – que reúne deputados conservadores sem cargo no Governo -, para iniciar o processo de substituição, já que esse grupo é encarregado de estabelecer o calendário para a escola do novo líder.Johnson reconheceu que, nas últimas horas, tentou convencer a cúpula do Executivo de que a melhor opção não era substituí-lo de forma imediata e lamentou ter “fracassado” nestas discussões, antes de dizer que “na política, ninguém é imprescindível”.Crise política”Ser primeiro-ministro é um aprendizado. Viajei para cada canto do Reino Unido e vi que muita gente tinha uma originalidade sem fronteiras e estava disposta a enfrentar velhos problemas de modos diferentes”, afirmou Johnson.No discurso, o primeiro-ministro agradeceu a todos os eleitores que votaram nele no pleito geral de 2019 e lamentou que não houve possibilidade de cumprir todas as promessas que fez.Johnson, que alcançou maioria cerca de três anos atrás, aceitou entregar o cargo depois que mais de 50 membros do Governo apresentaram renúncia e após a saída de dezenas de membros do seu executivo nas últimas 48 horas.Além disso, Johnson garantiu que é “imensamente orgulhoso” pelos feitos alcançados pelo Governo que liderou, como o Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia -, o trabalho na crise da pandemia da Covid-19, e por condenar a agressão russa à Ucrânia.

Fonte : Folha de Maputo

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