A cantora de R&B/ Soul inaugurou as sessões em directo realizadas pela Fundação Fernando Leite Couto, na cidade de Maputo. O propósito da iniciativa é celebrar o mês da mulher moçambicana e entreter as pessoas neste momento que devem evitar ir à rua.
O desejo de Tégui é claro. Como todos, a cantora almeja que a COVID-19 seja um problema resolvido rapidamente, com a arte sempre a chegar às pessoas. Por isso mesmo, no dia em que a Fundação Fernando Leite Couto lançou um programa de eventos culturais on-line, hoje, a autora do disco Eleven aceitou o convite de actuar ao vivo a partir daquela instituição cultural, na cidade Maputo.
Tégui cantou das 18 até perto das 19 horas, tendo interpretado temas do seu disco mais recente e tantos outros, por exemplo, “Nungungulo” e “Caleidoscópio”. Além de cantar, a cantora de R&B deixou algumas confissões para o público que acompanhou a sua actuação em directo pelo Facebook e Instagram da Fundação Fernando Leite Couto. “Neste cenário da COVID-19, hoje dou valor a coisas que antes não dava. É uma situação complexa esta da pandemia, e não está a ser fácil para ninguém”. Acrescentou Tégui: “Às vezes, vivemos com pessoas e não as conhecemos muito bem. Temos a obrigação de nos conhecer melhor”.
Na sua actuação, a autora do disco Eleven defendeu que a Humanidade encontra-se numa situação em que, independentemente de raças, classe social, e etc., todos descobrem-se iguais. Logo? “É tempo de olharmos para nós e descobrirmos coisas sobre nós. Estamos obrigados a reparar no nosso interior. Que esta pandemia passe e ajude-nos a reflectir e a encontrar o melhor de nós, dentro de nós. Protejam-se, porque nós é que damos sentido à vida”.
A sessão musical da Fundação Fernando Leite Couto foi moderada por Pablo Ribeiro, que considerou a COVID-19 uma catástrofe, mas também… “uma oportunidade de nos reencontramos e repensar as nossas relações. Toda gente anda muito acelerada, preenchida… Neste momento de pausa podemos olhar com mais calma para as coisas. E a natureza agradece porque está a ganhar um novo sopro”.
A sessão com Tégui enquadrou-se nas celebrações do mês da mulher moçambicana. A fim de enaltecer as comemorações, a Fundação Fernando Leite Couto convidou artistas de música, teatro e literatura para apresentarem performances de 30 minutos ao vivo no Facebook e no Instagram da própria Fundação.
Tégui foi a primeira autora a apresentar-se. Esta sexta-feira, a partir das 21 horas, “DJ N’Zualo – uma celebração do melhor signo do zodíaco: Áries” é a proposta para o público acompanhar a partir de casa. E as sessões não param por aí. Sábado, às 10 horas, as crianças terão uma actividade pensada para elas, designada “Yuck Miranda – a viagem do corona pelo reino azul”.
No dia 21, a sessão musical de Hip-Hop será com Jazz P, a partir das 18 horas. No dia seguinte, a mesma hora, Melita Matsinhe irá “Reacender a esperança pela palavra”, numa sessão poética. Já no dia 23, novamente às 18 horas, a música será levada a casa numa actuação de Xixel Langa, acompanhada por Nicolau Cauaneque.
Às 21 horas do dia 24, DJ Lubana levará ao público Hip-Hop dos anos 80 e 90 e Soul, Jazz, Funk e tambores ritualísticos.
Sempre em directo a partir do Facebook e Instagram, as sessões que se inserem nas celebrações do mês da mulher moçambicana irão continuar com Iracema de Sousa, às 18 horas do dia 29. Neste caso, a declamadora irá dizer poesia de Noémia de Sousa, Sangari Okapi e Fernando Leite Couto.
A programação das actividades deste mês, na Fundação, irá terminar no dia 30, às 18 horas, com a actuação de Tassiana, cantora e letrista moçambicana se Soul Music. Tudo para ver a partir de casa, em directo.
Fonte:O País