MAPUTO- “O Corredor Logístico Integrado de Nacala dispõe de um grande potencial para dinamizar a economia nacional e até da região Austral e da África”, disse Filipe Nyusi, falando na inauguração do CLN.

O CLN compreende uma ferrovia com 912 quilómetros, incluindo 200 que atravessam o território do Malawi, e um terminal portuário de águas profundas que escoa o carvão que a mineira brasileira Vale produz no distrito de Moatize, província de Tete.

Nyusi assinalou a grandeza da infra-estrutura, apontando que o seu funcionamento vai ter impacto na economia e no bem-estar de Moçambique e dos países vizinhos sem acesso directo ao mar.

“O Corredor Logístico Integrado de Nacala é uma infra-estrutura de base produtiva com impacto directo em vários sectores de actividade económica e no bem-estar dos moçambicanos”, declarou o chefe de Estado moçambicano.

Filipe Nyusi declarou que o Governo espera que o CLN seja uma alavanca para o incremento do transporte dos recursos minerais, comercialização agrícola e desperte o potencial turístico da província de Nampula.

“Queremos que o CLN venha a catalisar o surgimento de iniciativas empreendedoras que visem melhorar a qualidade de vida das populações”, enfatizou o chefe de Estado.

Filipe Nyusi exortou o consórcio responsável pelo corredor a respeitar os interesses das comunidades e o meio ambiente, bem como a apostar no recrutamento de mão-de-obra moçambicana e na compra de serviços e bens locais.

A Vale projecta exportar a partir do próximo ano 18 milhões de toneladas de carvão por ano, atingindo o máximo da capacidade da nova ferrovia, contra 13 milhões de toneladas este ano e seis milhões em 2016, ano em que o CLN entrou em operação.

Para poder exportar em pleno o carvão que produz em Moatize, a Vale associou-se à japonesa Mitsui e à empresa pública moçambicana CFM, num investimento de 4,5 mil milhões de dólares.

A cerimónia de inauguração do CLN paralisou ontem a vila do distrito de Nacala-A-Velha, juntando, além do Presidente da República, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Ferreira Nunes, governantes moçambicanos, deputados, empresários e representantes da comunidade local.

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