O Governo reconhece que a pesca ilegal no país compromete o desenvolvimento das espécies marinhas e que Moçambique convive com práticas que lesam o Estado, no que concerne à gestão dos recursos marinhos.

Segundo a AIM, a informação foi avançada pelo Ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), Agostinho Mondlane.

“Estas situações, muitas ocorrem sob nosso olhar cúmplice, isto é, preferimos viver e conviver com práticas lesivas ao Estado, ignorando, ou fingindo ignorar, que em última instancia o principal lesado é o povo moçambicano”, disse.

Sem avançar valores que o país perde, Mondlane disse que cabe ao governo, às organizações da sociedade civil e outros parceiros trabalhar em colaboração com as comunidades costeiras, de modo que a actividade pesqueira seja exercida de forma racional e responsável.

“Paralelamente, assistimos à destruição de mangais e de outros integrantes dos ecossistemas, em claro prejuízo do ambiente marinho e não só ”, sublinhou o governante, falando ontem, em Maputo, na segunda reunião nacional com as organizações da sociedade civil que actuam na área marinha e costeira em Moçambique.

Mondlane garantiu que o governo, através do ministério que dirige, está a travar um combate cerrado a estas práticas, e está consciente que o seu sucesso passa, inevitavelmente, pelo envolvimento e acção da sociedade civil e dos parceiros nacionais e estrangeiros.

O encontro pretende discutir, dentre outros pontos, a materialização de um dos objectivos estratégicos, que é a constituição do observatório da economia do mar.

A segunda reunião nacional com as organizações da sociedade civil que actuam na área marinha e costeira em Moçambique acontece dez meses após o Presidente da República, Filipe Nyusi, ter lançado, publicamente, a política e estratégia do mar, primeiro instrumento do género desde a independência nacional.

    Fonte:Jornal Notícias

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