Os resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) dão vitória à Frelimo em 64 das 65 autarquias existentes no país.Momade reafirmou, uma vez mais, que a Renamo já não quer voltar à guerra e, por isso, as marchas pacíficas continuarão até que “seja reposta a verdade eleitoral”.“Nós, Moçambicanos, queremos paz. Queremos uma democracia cujo alicerce é o respeito dos direitos humanos e a realização das eleições livres, justas e transparentes”, sublinhouEm protesto contra os resultados. Renamo promoveu, Sexta-feira (28), uma série de manifestações em algumas autarquias, chegando a haver alguns confrontos entre os manifestantes e a Polícia, que teve de intervir para conter actos de vandalização e saques em estabelecimentos comerciais.Na manhã deste Domingo, o presidente da Renamo, Ossufo Momade, convocou uma conferência de imprensa para partilhar o parecer do partido com relação aos últimos acontecimentos que se seguiram ao anúncio dos resultados eleitorais.Na ocasião, Momade criticou a actuação da polícia, vincando que a mesma “representa um autêntico aniquilamento da democracia e dos princípios que devem guiar a actuação de uma polícia republicana, apartidária e profissional.”Segundo o Presidente da Renamo, o registo de tais mortes e feridos deu-se nas autarquias da cidade de Nampula e Nacala Porto (norte), Quelimane (zona centro) e na cidade de Maputo, a capital moçambicana.“Nesta nossa comunicação, queremos manifestar o nosso sentimento de pesar pela morte e ferimentos dos nossos concidadãos e endereçamos às famílias enlutadas as nossas mais sentidas condolências”, disse.Denunciou, igualmente, o que considerou de perseguição política e o reaparecimento de suposto esquadrão de morte, para além de detenções arbitrárias e vasculhas nos edifícios das delegações políticas da Renamo.O partido lamenta, também, o silêncio das instituições do Estado como a Procuradoria-Geral da República (PGR) e, sobretudo, do Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, um silêncio que, no seu entender, “representa cumplicidade e confirmação de ordens expressas para desvirtuar os resultados do dia 11 de Outubro”.

Fonte: Folha de Maputo

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *