A ONU pediu,ontem,em Maputo,397,9 milhões de dólares à comunidade internacional para a assistência humanitária a mais de 2,2 milhões de pessoas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth e pela seca em Moçambique.

O valor não está incluído no apelo de 3,2 mil milhões de dólares que o Governo fez, em Junho,para a reconstrução das infra-estruturas destruídas pelos ciclones Idai e Kenneth, no centro e norte do país, dos quais foram prometidos pela comunidade internacional 1,2 mil milhões de dólares .

Falando no lançamento,ontem,do pedido de ajuda, a coordenadora-residente da ONU em Moçambique, Murta Kaulard, disse que o montante destina-se a garantir a segurança alimentar das vítimas dos dois desastres naturais e da seca, que afecta o sul, até à próxima sementeira.

“O plano de resposta humanitário revisto, em apoio ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC),e que apresentamos, visa mobilizar cerca 398 milhões de dólares americanos e tem como alvo mais de dois milhões de pessoas,que foram as mais atingidas pelo fraco desempenho agrícola”, afirmou Murta Kaulard.

O valor será também canalizado para os sectores de saúde, abastecimento de água e educação, acrescentou.

A coordenadora-residente da ONU em Moçambique assinalou que as vítimas dos dois ciclones e da seca continuam numa situação de vulnerabilidade à fome e expostas à próxima época de calamidades naturais.

“É fundamental que actuemos agora e mobilizemos recursos para apoiar as pessoas mais vulneráveis,de modo alidar com os múltiplos choques climáticos”, referiu.

A mobilização dos recursos solicitadosnão colide com o apelo lançado pelo executivo moçambicano,em Junho, porque a primeira intervenção visa a continuação da assistência humanitária, com um carácter imediato e urgente.

As verbas da ajuda que a ONU pediu vão apoiar populações das províncias de Sofala e Cabo Delgado, as mais afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth, respectivamente, e de Nampula, Manica, Tete, Inhambane e Gaza.

A directora-geral do INGC, Domingas Maíta, disse que o apelo corresponde ao pedido que o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, fez,para que Moçambique não seja esquecido depois da passagem dos ciclones Idai e Kenneth.

“Este apeloé mais um passo, é mais um processo para responder àquilo que foi o apelo do secretário-geral disse, para que os moçambicanos não sejam esquecidos”, declarou, citada pela Lusa.

    Fonte:Jornal Notícias

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