Na noite de São João (23 de Junho) de 1976, a cidade do Porto tinha outros motivos para festejar, mas só o soube mais tarde. Nessa noite, em casa do Chefe do Departamento de Futebol do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, foi assinado um contrato de trabalho entre o clube e o então treinador do Boavista, José Maria Pedroto, antigo jogador portista.

Pedroto já fora treinador do FC Porto no final dos anos de 1960, mas saíra em conflito aberto com a direção do clube, realizando depois excelentes épocas no Vitória de Setúbal e no Boavista, ultrapassando mesmo o FC Porto na classificação final de diversos campeonatos nacionais.

Seria a parceria Pinto da Costa-Pedroto que daria vida nova e sucesso a um Porto que já não era campeão nacional desde 1959 e que nunca conseguira qualquer destaque nas competições europeias de clubes. Logo em 1976/77 conquistaria a Taça de Portugal, recuperando o título nacional em 1977/78 (renovado em 1978/79).

Seria graças a esta parceria que Pinto da Costa chegaria a presidente do clube em 1982 (até hoje…) e que os portistas estabeleceram um domínio gradual do futebol português – cinco títulos nacionais conquistados entre 1934 e 1977 (em 43 anos) contra 23 campeonatos ganhos entre 1978 e 2018 (em 40 anos), tornando-se a equipa portuguesa com mais troféus nacionais somados depois do 25 de Abril.

Foi também com base no trabalho da dupla Pinto da Costa-Pedroto que se construíram os alicerces para o sucesso internacional do clube, a partir de 1987, com a conquista da Taça dos Campeões Europeus, em Viena, frente ao Bayern de Munique.

O Porto passou a ser também a equipa portuguesa com mais troféus internacionais: sete. Duas Taça/Liga dos Campeões Europeus (1987 e 2004), duas Taça UEFA/Liga Europa (2003 e 2011), duas Taça Intercontinental/Campeonato do Mundo de Clubes (1987 e 2004) e uma Supertaça Europeia (1988).

Fonte:TSF Desporto

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *