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O ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse que o país está preparado em meios humanos, materiais e financeiros para enfrentar o surto da varíola de macacos, depois de o governo da África do Sul ter detectado dois casos em menos de uma semana. O primeiro caso foi notificado na passada quinta-feira e o segundo ontem (28).

 

Para além da vizinha África do Sul, o surto de varíola de macacos também foi detectado em outros países da África Central e Ocidental. Em entrevista à AIM, Armindo Tiago disse que Moçambique ainda não tem motivos para se alarmar com a varíola dos macacos, visto que o nível de transmissão é considerado extremamente baixo, em relação a outras doenças.

 

“Apesar disso, as autoridades da saúde vão redobrar os esforços no monitoramento da doença, tal como tem sido feito com outras pandemias”, referiu o governante. E acrescentou: “Moçambique está preparado para o diagnóstico da varíola dos macacos, visto que a forma de suspeita da doença já é do conhecimento dos profissionais de saúde. Entretanto, já tivemos casos suspeitos de varíola dos macacos, fez-se o teste e o resultado foi negativo para esta doença no país”, afirmou Tiago.

 

Entretanto, garantiu que o sector da saúde vai redobrar esforços na capacidade de vigilância e monitoria para que, na eventualidade dos casos ocorrerem, as autoridades estejam preparadas para notificar imediatamente.

 

Refira-se que a África do Sul detectou, na semana finda, o primeiro caso da varíola dos macacos num paciente do sexo masculino, de 30 anos de idade, de Joanesburgo, sem nenhum histórico de viagem, o que significa que a contaminação ocorreu dentro do país. O segundo caso positivo da varíola de macacos foi detectado esta terça-feira, num homem de 32 anos da Cidade do Cabo.

 

O porta-voz do departamento de Saúde, Foster Mohale, disse que o ministro da Saúde, Joe Phaahla, está pedindo às pessoas que estejam vigilantes. Mohale disse que tal como no primeiro caso, a segunda pessoa também não tinha histórico de viagens, o que sugere uma grande possibilidade de transmissão local. Estima-se que centenas de moçambicanos entram e saem diariamente da África do Sul, para além daqueles que trabalham nas minas e nas farmas. (Marta Afonso)

Fonte: Carta de Moçambique

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