Cerca de 9.4 milhões de pessoas necessitam de ajuda multiforme no Malawi.
A maior necessidade prende-se com géneros alimentícios, numa altura em que a fome já atingiu 4.4 milhões de pessoas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), já lançou um apelo internacional para uma doação de 47.4 milhões de dólares, para a assistência humanitária de 9.4 milhões de pessoas, actualmente com necessidades diversas.
Do montante necessário, 27.8 por cento é para água, saneamento e higiene, 19.8 por cento para nutrição, 16.7 por cento para saúde, 8,5 por cento para educação, 6.9 por cento para protecção infantil e os restantes 17.1 por cento para acções intersectoriais.
O fenómeno climático El Niño que poderá originar fraca colheita de alimentos na presente safra, agravando os níveis de pobreza e a recessão económica, concorre para a vulnerabilidade de várias famílias.
De acordo com o UNICEF, está previsto que após Março deste ano, a situação da insegurança alimentar se deteriore ainda mais.
Face a previsão, necessita-se de uma acção urgente para proteger os meios de subsistência, reduzir a deterioração da situação nutricional e prevenir o ressurgimento de um surto generalizado de cólera.
Cerca de 6.5 milhões de pessoas, segundo o UNICEF, necessitam de apoio através de intervenções de redução do risco de catástrofes e de protecção dos meios de subsistência, para evitar a mudança para uma categoria mais elevada de insegurança alimentar.
O Malawi enfrenta uma malária endémica e um ressurgimento de doenças evitáveis por vacinação, como a poliomielite, o que exige programas de resposta adequados ao contexto de policrise.
As conclusões de uma nova investigação realizada em Dezembro de 2023 pela Comissão Nacional de Planeamento e pelo Instituto Internacional de Investigação sobre Política Alimentar mostraram que mais 600 000 malawianos ou cerca de 2.6 por cento da população cairão na pobreza em 2024 devido ao impacto do fenómeno climático El Niño. (RM Blantyre)
Fonte:Rádio Moçambique Online