O antigo presidente do Malawi, Bakili Muluzi, não compareceu, esta quinta-feira, no Tribunal judicial de Blantyre, para o reinício do seu julgamento no caso de que é acusado de desvio de onze milhões de dólares durante o seu mandato de dez anos.
Muluzi de setenta e seis anos de idade era esperado no Tribunal judicial da cidade de Blantyre, catorze anos após a interrupção do caso, devido ao estado débil da saúde do antigo estadista malawiano.
O advogado do antigo Presidente do Malawi, Jay Banda, disse numa entrevista telefónica que a não presença de Muluzi no Tribunal deveu-se ao recurso que foi interposto no tribunal supremo para o esclarecimento de algumas questões.
Ainda se desconhece a data em que Bakili Muluzi poderá voltar ao tribunal para responder pelo caso de corrupção de que é acusado.
Contudo, sabe-se que o maior partido da oposição do Malawi, o MCP, pediu ao governo para que arquivasse o caso pois que, além da idade de Muluzi, está se a gastar muito dinheiro do erário público, sem nenhum proveito.
Entretanto a oposição malawiana arrastou o Presidente, Peter Mutharika, ao tribunal supremo por alegadamente ter desrespeitado o tribunal constitucional que sentenciou a introdução do sistema de 50%+1 nas próximas eleições e ordenou ao parlamento para que averiguasse a idoneidade da comissão eleitoral.
O parlamento reunido, elaborou um projecto de lei de 50%+1 e averiguada a situação da comissão eleitoral concluiu-se que a mesma não tinha legitimidade para gerenciar este novo processo eleitoral.
Submetidas as leis ao presidente da República, eis que Mutharika rejeitou todas elas e negou demitir a comissão eleitoral.
A oposição entende assim, que esta posição do Presidente da República contrasta com aquilo que foi decidido pela justiça e pretende que a legalidade seja reposta. ( RM)(RM/NMinuto)
Fonte:Rádio Moçambique Online