PELO menos 1200 das mil e seiscentas unidades sanitárias do Serviço Nacional de Saúde (SNS) existentes no país estão a oferecer Tratamento Anti-retroviral (TARV) a pessoas vivendo com HIV. A Ministra da Saúde, Nazira Abdula, reporta um aumento, nos últimos dez anos, do número de pessoas que beneficiam deste serviço, situação que fica a dever-se a maior disponibilidade de tratamento.

Nazira Abdula, que falava esta terça-feira, em Maputo, no âmbito da renovação da parceria com o Governo norte-americano no apoio financeiro e técnico para a implementação do Plano Operacional Conjunto para o controlo da epidemia do Sida no país, mencionou os ganhos alcançados na provisão de cuidados de saúde a pessoas vivendo com o HIV.

“Nos últimos dez anos, o nosso país conseguiu oferecer cuidados e tratamento em 76 por cento das unidades sanitárias do Serviço Nacional de Saúde, contra 14 por cento em 2007, tendo contribuído para que mais de um milhão de cidadãos beneficiassem do TARV, dos quais mais de 80 mil são crianças, contra 88.211 registados em 2007, 6210 das quais eram crianças”, disse.

Acrescentou que ainda há muito por se fazer no combate a esta doença, a medir pelos dados do Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e HIV/Sida em Moçambique (IMASIDA – 2015), que apontam para o aumento da prevalência do HIV de 11.5, em 2009, para 13.2, em 2015.

Disse que a província da Zambézia apresenta cerca de 400 mil pessoas vivendo com o HIV, o corresponde a cerca de um terço dos dados nacionais, razão pela qual seja a que mais atenção terá para que se inverta o actual cenário.

Ontem o embaixador dos Estados Unidos da América, Dean Pittman, visitou o laboratório do Hospital Geral de Quelimane, onde oficializou a entrega de equipamento de monitoria de carga viral do HIV a esta unidade sanitária, no âmbito da parceria firmada com o Governo.

“A monitoria da carga viral é essencial para atingirmos o controlo da epidemia do HIV a nível mundial. Por esta razão, o Governo dos Estados Unidos tem vindo a apoiar os países afectados pela epidemia, como Moçambique, a expandirem a sua capacidade logística e técnica para realizarem estes testes”, assinalou o embaixador Pittman.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/71438-ha-mais-hospitais-a-oferecer-tarv.html

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