O DECANO do teatro moçambicano Adelino Branquinho fará às 16h00 de hoje uma leitura encenada do livro “O Mapeador de Ausências”, novo romance do escritor Mia Couto.

No evento, que terá lugar na Fundação Fernando Leite Couto (FFLC), o actor irá emprestar a sua interpretação do poeta Diogo Santiago, protagonista do enredo viaja para a cidade da Beira à procura de uma reconciliação com o seu passado, a infância e as memórias que carrega do pai.

Esta actividade, que contará ainda com o autor da obra que, na sequência da performance, irá assinar autógrafos, está integrada na feira “Ler é uma festa”, que anualmente reúne escritores, leitores, críticos e outros intervenientes do circuito do livro.

Ainda no contexto do “Ler é uma festa”, amanhã, às 18h00, a FFLC acolhe um tributo póstumo ao poeta, prosador e declamador Bahassan Adamodjy (1960–2011), cuja epígrafe é o verso “pilhado, do livro Mussodjy: “Um País Inteiro à Espera do Seu Rir de Contentamento”.

O evento pretende ser mescla da declamação de poesia, que será dita por Rafael da Câmara, e uma conversa informal, na qual Simeão Cachamba irá falar sobre múltiplas facetas de Bahassan Adamodjy (1960–2011).

Sara Jona e Milton Machel trarão ao evento o Bahassan prosador, através dos seus testemunhos enquanto leitores do romance “Milandos de um sonho”.

O tributo resulta dos esforços dos amigos que integraram a página “Diálogo” no jornal “Diário de Moçambique”, nomeadamente Simeão Cachamba, Edmundo Manhiça, Miguel César, Calane da Silva, que se juntaram para publicar, a título póstumo, o livro “Mussody”.

A programação segue sábado, com o lançamento, às 10h00, do livro “A Formiga Juju e o Rio dos Elefantes: Uma história para amar”, da autoria de Cristiana Pereira e integrado na série “Formiga Juju”.

O ilustrador Walter Zand levou “Juju para Xipamanine” e deu cor e forma à alegre formiguinha de duas tranças que adora comer papaia e dançar marrabenta.

A primeira história foi publicada em 2012 e deu origem a um movimento de promoção da leitura e expressão criativa para que as crianças criem as suas próprias histórias. Desde então, surgiram novos companheiros de aventuras, como o Sapo Karibu (2013), o Professor Moskito (2014) e a Borboleta Mwarusi (2018).

Neste novo conto, um dia, a Juju ouve o velho Matuba, seu amigo elefante, a reclamar por não ter água para beber. Quando pergunta ao Rio o que se passa, percebe que a Floresta está triste por ser tão maltratada.

Então, Juju atravessa o oceano com a sua turma para pedir ajuda a Caetano Veloz, um “papagaio com muito boa voz”. Com ele, os amigos irão aprender o que devem fazer para salvar a floresta.

A 2 de Dezembro próximo, a feira acolhe mais uma sessão de conversa entre os poetas Japone Arijuane e Léo Cote, ambos com livros publicados pela Fundação Fernando Leite Couto, designadamente “Ferramentas para desmontar a noite” e “Campos de Areia”.

A sessão irá explorar o processo criativo de ambos e a relação que os escritores têm com as artes das letras, particularmente a poesia. Pretende-se um momento informal de partilha de leituras e escrita. No dia seguinte, o escritor Mia Couto terá uma sessão de autógrafos, num evento agendado para as 16h00.

Posteriormente, Pedro Pereira Lopes e Angelina Neves irão apresentar a sua obra literária do género infanto-juvenil, intitulada “Por que é um livro mágico”, cujo acto irá decorrer a 9 de Dezembro.

“Ler é uma festa” com a sessão de conversa com a editora e tradutora Sandra Tamele, na qual irá falar do seu trabalho e do desafio de traduzir uma obra literária, tendo em conta os códigos linguísticos de cada língua.

Fonte:Jornal Notícias

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