A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) acaba de formar 35 extensionistas e técnicos da Direcção Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas e do Instituto de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura (IDEPA), na província de Inhambane, para melhorarem as técnicas de produção e produtividade.
A formação beneficiou ainda 100 pequenos piscicultores e faz parte de um projecto orçado em 282 mil dólares norte-americanos.
Este ciclo de formações, segundo um comunicado da FAO, visa capacitar os serviços de extensão e, simultaneamente, alguns produtores organizados em associações ou privados que tenham potencial para desenvolver pequenas empresas de aquacultura e melhorar os seus conhecimentos em matérias relacionadas com a criação de tilápia e com a produção de ração com base em ingredientes disponíveis na província.
O projecto, com a duração de dois anos, está a ser executado em colaboração com a Direcção Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas, como forma de promover o desenvolvimento sustentável da aquacultura em Inhambane.
A FAO vai também fornecer equipamento para uma das unidades privadas de produção da província, como forma de melhorar a qualidade de produção de alvinos, contribuindo assim para a melhoria da produção e produtividade da aquacultura em Inhambane.
As actividades deste projecto enquadram-se na promoção dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 14) para a “Vida na Água”, que defende a conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
A produção de peixe tem vindo a diminuir na última década, principalmente, devido aos elevados custos de produção, às técnicas de produção precárias, aos serviços de extensão limitados, ao fraco acesso ao mercado e à aplicação limitada de tecnologias e de inovação.
De acordo com a AIM, uma das abordagens promovidas pelo Governo para inverter esta tendência é aumentar a produção e produtividade do sector através da prática da aquacultura no país, dado o elevado potencial existente, o bom clima, fontes de água abundantes e mercados acessíveis.
Fonte:Jornal Notícias