Cuba marcha contra ingerência estrangeira e manipulação mediática

Os cubanos marcharam, este sábado, nas avenidas e praças do país, contra a ingerência estrangeira e manipulação mediática.

O presidente da República e primeiro secretário do Comité Central do partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em discurso televisionado para toda a nação, denunciou uma vez mais que o país está debaixo de fogo sofisticado de uma ciberguerra, como parte da qual se pretende contar a história ao contrário.
Díaz-Canel, afirmou a agitação dos últimos dias na ilha caribenha “é uma mentira”, durante uma manifestação de “reafirmação revolucionária” com dezenas de milhares de apoiantes na capital Havana
“O que o mundo está a ver de Cuba é uma mentira”, sublinhou Díaz-Canel, que, ao lado do ex-Presidente Raúl Castro, denunciou a disseminação de “imagens falsas” nas redes sociais, onde se “encoraja e glorifica a indignação e destruição de propriedade”.
Miguel Díaz-Canel insistiu na existência de “ódio transbordante nas redes sociais”, tendo sido cortado o acesso à Internet móvel entre as 12:00 de domingo e a manhã de quarta-feira, antes de ser restaurado, embora de forma instável.
Em Cuba, “não se trata de um governo que reprime o seu povo”, insistiu o líder, seis dias depois das históricas manifestações contra o executivo comunista, que resultaram numa morte, em dezenas de feridos e em mais de uma centena de detenções.
“Nenhuma mentira foi cometida por acaso ou por engano, é tudo o cálculo frio de um manual de guerra não convencional”, ressalvou o Presidente, que acusou os Estados Unidos de terem provocado os protestos, com início no passado domingo.
A multidão presente na manifestação, convocada durante a madrugada, sobretudo através de centros de trabalho e universidades, para uma avenida costeira de Havana, foi gritando palavras de ordem como “Nascidos para vencer e não para ser vencidos!”.
O ex-Presidente Raúl Castro, que marcou presença na manifestação, foi forçado a abandonar temporariamente a reforma, aos 90 anos, devido à gravidade da situação.
Pouco antes do início da manifestação, um homem gritou “Pátria e vida!”, o título de uma canção de protesto que se tornou o hino de manifestantes antigovernamentais, tendo sido detido pela polícia, como constataram jornalistas da agência France-Presse.
De acordo com o jornal oficial do partido comunista cubano Granma, foram convocadas manifestações idênticas para outras cidades do país caribenho, como Santiago de Cuba, Bayamo, Camagüey e Santa Clara. (RM /Granma/NMInuto)

Fonte:Rádio Moçambique Online

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