MOÇAMBIQUE deverá atingir, em breve, uma produção de 200 mil toneladas de castanha do caju, a avaliar pelos investimentos em curso nesta área.

Segundo convicção do Primeiro-ministro, a província de Nampula é uma das que se destacam na caminhada rumo a este nível histórico de produção de castanha do caju.

Antes da proclamação da independência nacional, em 1975, o país já atingiu uma produção acima das 200 mil toneladas.

“Estamos aqui num projecto de fomento do cajueiro, que é uma realidade. Os níveis de produtividade dos cajueiros estão a aumentar e planificamos, a breve trecho, chegar a níveis históricos de 200 mil toneladas de castanha do caju”, disse Carlos do Rosário.

Ele falava ontem a jornalistas em pleno campo de produção intensiva de cajueiros de Nassuruma, distrito de Meconta, no final da visita de trabalho que efectuou à província de Nampula, que iniciara na quinta-feira.

Actualmente, segundo dados oficiais, Moçambique produz cerca de 137 mil toneladas de castanha de caju. A província de Nampula contribui com cerca de 60 mil toneladas.

O viveiro de Nassuruma, que pertencente ao Instituto de Fomento do Caju (INCAJU), tem como um dos focos a produção de mudas de cajueiro. Na presente campanha 2016/17 foram já produzidas 799 mil mudas enxertadas.

Ainda ontem, o Primeiro-ministro visitou, entre outros empreendimentos, a empresa Alfa-Agricultura, de capitais sul-africanos com um financiamento de cerca de 8,6 milhões de dólares americanos.

A empresa, que opera no distrito de Monapo, tem um DUAT para explorar 1.080 hectares, dos quais já estão em uso 500 hectares, com hortícolas e fruteiras em processo de adaptação.

Um dos grandes objectivos dos proprietários da empresa é a instalação, no local, de uma fábrica de processamento de castanha de caju, iniciativa que recebeu encorajamento do Primeiro-ministro por contribuir para a criação de mais empregos para a população e geração de renda.

Carlos Agostinho do Rosário, que no geral classificou a visita de positiva, disse que o objectivo principal da deslocação a Nampula era participar na conferência religiosa, subordinada a um grande tema que é paz.

“Foi um evento em que muitas confissões religiosas estiveram presentes, convergindo na necessidade de a paz ser um instrumento que deve ser acarinhado porque, na verdade, sem ela não há desenvolvimento”.

“Visitámos também empreendimentos económicos e ficámos entusiasmados pelo envolvimento do sector privado e dos camponeses que estão a responder positivamente a aposta na produção de alimentos”, afirmou o Primeiro-ministro, que deixa Nampula este sábado.

Sobre os investidores, o Primeiro-ministro disse estar ciente de que o clima de paz que se vive no país os deixa entusiasmados e empenhados no aumento dos seus investimentos.

“Nós temos que justificar a confiança que os investidores têm estado a depositar em nós, acarinhando-os, através da criação de um melhor ambiente de negócios”, disse.

Almiro Mazive, da AIM

 

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/72410-campanha-2017-2018-arranca-este-mes-agricultura-preve-producao-em-alta.html

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