Decorre, a partir desta terça-feira (03) e prolongar-se-á até 30 de Dezembro próximo, em todo o território moçambicano, a inscrição das crianças que deverão frequentar a primeira classe, no ano 2018, anunciou o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), em Maputo, reiterando que o processo é gratuito. Nenhum pai ou encarregado de educação deve deixar de matricular o seu filho e ou educando a tempo, alegadamente porque não dispõe de documentos para o efeito.
Aquela instituição do Estado espera matricular 1.348.523 petizes que vão sentar no banco da escola pela primeira vez, com idades que variam de seis anos de idade a 14 anos.
O número representa um aumento de 4,5 porcento, comparativamente aos ingressos do ano passado. Entretanto, o Índice de Desenvolvimento Humano divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) diz que em Moçambique são inscritas milhares de crianças no ensino básico, mas 69,3% abandonam a escola antes de concluir o ensino primário.
Manuel Rego, porta-voz e secretário permanente do MINEDH, disse que a matrícula é feita mediante a apresentação de um dos seguintes documento de identificação: boletim de nascimento, certidão de nascimento e cédula pessoa.
Segundo ele, no acto da inscrição, a falta de qualquer que seja o documento, dos acima mencionados, não impede a inscrição de criança. Esta pode ser matriculada “condicionalmente”, devendo, a posterior, o pai e encarregado de educação regularizarem o processo num prazo de 90 dias.
A esses documentos juntam-se o boletim de matrícula e a pasta do processo individual do aluno, os quais serão fornecidos gratuitamente pelas escolas.
Dos 1.348.523 alunos, a província da Zambézia – cujos alguns distritos foram assolados pelo conflito militar ora suspenso – irá absorver 368.477 novos alunos, 280.171 em Nampula, 126.543 em Tete e 100.922 em Cabo Delgado.
Sofala, que também não escapou da tensão político-militar opondo o Governo e a Renamo, deverá inscrever 91.020 crianças, 89.420 no Niassa, 89.231 em Manica, 64.067 em Inhambane, 60.448 em Gaza, 54.917 na província de Maputo e 23.307 na capital do país.
“A prioridade é de todas as crianças que completam seis de idade até 31 de Dezembro de 2018, isto é”, aquelas que “nasceram em 2012”, explicou Manuel Rego, indicando igualmente que devem ser inscritos também os petizes que na mesma data “completam 14 anos de idade”, e que por vários motivos não puderam ingressar na escola nos anteriores.