PARTILHAR ideias, experiências e visões sobre como a imprensa veicula no país assuntos relacionados com as crenças sócio-culturais é o objectivo de um debate que tem lugar às 18 horas de hoje, na Embaixada do Reino dos Países Baixos, em Maputo.
Para o debate, intitulado “O papel da mídia em informar e desafiar as crenças”, foi composto um painel constituído por Hélder Nhamaze, antropólogo, activista de direitos humanos e docente da Universidade Eduardo Mondlane; Regina Charumar, líder cívica, ambientalista e jurista. Estará ainda Cremildo Churane, especialista em Género, comunicação para mudança social de comportamento, numa moderação do jornalista e escritor Eduardo Quive.
A ideia é de compreender até que ponto a mídia tem poder de desafiar as limitações impostas por certas tradições e crenças culturais sobre o desenvolvimento humano em diferentes regiões do país.
Uma das questões tem a ver com algumas práticas culturais que podem afectar a saúde das crianças, a integridade física dos membros duma determinada comunidade, bem como os direitos dos idosos, mulheres, crianças e raparigas.
Este é o segundo, de um ciclo de três debates que estão inseridos na exposição World Press Photo que decorre em Maputo desde 22 de Novembro, até ao dia 13 deste mês, no Jardim Tunduru.
“A diversidade dos mídia e a liberdade de expressão” foi o primeiro tema analisado no contexto desta que é a maior exposição internacional de fotografia.
Nesse debate, Babette Warendorf, curadora desta exposição internacional na Holanda, alertou para o facto de fotojornalistas africanos concorrerem pouco para os prémios da World Press Photo, baseando-se nos dados que apontam para somente dois por cento de fotógrafos oriundos de países africanos, pelo menos na edição de 2018.
O ciclo de debates, encerra no dia 10 de Dezembro, quando no mesmo espaço, irá se debater a forma como a mídia cobre questões relacionadas com a cultura, religião, economia e os ataques à aldeias de alguns distritos da província de Cabo Delgado.
Fonte:Jornal Notícias