Renda baixa dificulta manutenção de viaturas de privados

As dificultadas não são apenas enfrentadas pela transportadora pública EMTPM. Os privados também se sentem sufocados com os custos de manutenção e não é para menos.

A COTRAC, cooperativa que gere autocarros de Baixa-Zimpeto e Museu-Zimpeto, por exemplo, recebeu 50 viaturas, ano passado, adquiridas pelo Governo e diz que só está somar prejuízos com o negócio, porque a tarifa cobrada ao passageiro não compensa.

Um autocarro da COTRAC leva 1000 passageiros diariamente e tem uma receita de nove mil meticais. Entretanto, os gastos diários com o combustível e alimentação dos motoristas chegam a atingir 6200 meticais, restando dois mil e oitocentos meticais que são repartidos pelos salários dos motoristas e cobradores, pagamento da prestação da aquisição do autocarro e parte da manutenção que não está coberta pelo acordo com o governo, que por vezes chega a ultrapassar 200 mil meticais dependendo da avaria.

Os gestores dos 50 autocarros dizem que ao ritmo em que as coisas estão, se não houver revisão da tarifa, o projecto pode colapsar e forçar a uma paralisação.

Na recente visita ao Ministério dos Transportes e Comunicações, o Presidente da República deixou escapar que o governo está sensível à preocupação dos transportadores.

Informações não confirmadas indicam que já amanhã segunda-feira os transportadores privados poderão se reunir com o governo para discutir a possibilidade de aumento da tarifa dos transportes públicos urbanos que está congelada há nove anos.

 

Fonte:http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade.html

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