O tribunal vai iniciar “o processo de investigação e verificação para certificar de forma irrestrita os resultados” eleitorais de domingo, a pedido do Presidente venezuelano, anunciou, ontem, a presidente da Sala Eleitoral, uma das seis salas que compõem o Supremo Tribunal (STJ), numa comunicação ao país, transmitido pela televisão estatal.A responsável indicou que os dez candidatos eleitorais, Nicolás Maduro, Luis Martínez, Edmundo González, Daniel Ceballos, Antonio Ecarry, Benjamín Raússeo, Enrique Marques, José Brito, Javier Bertucci e Claudio Fermín, devem comparecer perante o STJ durante a tarde.A Sala Eleitoral deve reunir-se “para resolver este ataque ao processo eleitoral e esclarecer tudo o que houver que esclarecer”, disse Maduro aos jornalistas, à saída do STJ, depois de apresentar o pedido em resposta às denúncias de fraude avançadas pela oposição.Sem divulgar o conteúdo do recurso, Maduro afirmou que o Governo e o Partido Socialista Unido da Venezuela estão prontos para divulgar todas as actas eleitorais e acusou a oposição interna, com a ajuda de opositores no estrangeiro, de tentar “um golpe de Estado contra o governo, utilizando o processo eleitoral”.Maduro pediu ainda que os resultados eleitorais sejam certificados “com um parecer de peritos do mais alto nível técnico” e explicou estar na disposição de ser convocado, interrogado, investigado e submetido à justiça.Na segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano proclamou Maduro Presidente eleito do país para o período 2025-2031, com 51,2 por cento (5,15 milhões) dos votos.O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve 44,2 por cento (pouco menos de 4,5 milhões de votos), indicou o CNE.A oposição venezuelana reivindicou a vitória nas presidenciais, com 70 por cento dos votos para Gonzalez Urrutia, com a líder opositora María Corina Machado a recusar reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.
Fonte : Folha de Maputo