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MAPUTO -A infra-estrutura estava em reabilitação desde Novembro de 2013, num projecto orçado em 120 milhões de dólares norte-americanos.

O projecto consistiu na reabilitação de turbinas e alternadores, instalação de novos transformadores, novo sistema auxiliar de baixa tensão, reabilitação do equipamento de alta tensão na subestação principal, incluindo novos disjuntores, comportas, válvulas, bem como mais de dois quilómetros de túnel, entre outros.

A formação profissional dos técnicos da empresa Electricidade de Moçambique (EDM) também fez parte do projecto.

Falando durante o evento, Nyusi disse que os desafios resultantes de novos projectos, associados à demanda gerada pelo sector extractivo emergente, são, entre outros, os factores que obrigaram ao Governo a levar a peito o projecto, no sentido de reequacionar a problemática do acesso ilimitado à electricidade.

“A nossa preocupação com o desenvolvimento económico, regional e local e a eminência da redução da vida útil da infra-estrutura levou a que se iniciassem as obras de reabilitação da Central, visando garantir a sua continuidade por mais 30 anos. Hoje temos a alegria de devolver, a muitos moçambicanos, a esperança de ver os seus projectos concretizados, terminada a capacidade inicial de 52 MW”, disse.

Com a recente reabilitação, a Central Hidroeléctrica de Mavuzi juntar-se-á à de Chicamba, na mesma província, fornecendo energia também para a vizinha província de Sofala, com uma capacidade instalada de 90MW. Ambas as centrais passarão também a fornecer ao Zimbabwe.

Apesar deste avanço, Nyusi diz haver ainda um grande desafio no alargamento da cobertura nacional, pois o índice de cobertura continua distante da meta desejada.

“A rede nacional só atingiu 26 por cento da população, em 2016. A infra-estrutura da rede eléctrica nacional ainda está limitada e continua incapaz de satisfazer a crescente procura de electricidade fiável e de boa qualidade. Cerca de 80 por cento dos habitantes do país depende de recursos de biomassa, tais como a lenha e o carvão vegetal, como fontes de energia”, afirmou.

Nyusi não escondeu o seu entusiasmo com a reabilitação de Mavuzi e garantiu que o Governo continuará a apostar no aumento de produção de energia, incluindo as renováveis.

Na ocasião, encorajou a população de Manica a produzir mais comida, explorando a terra arável e propícia para a prática da agricultura que abunda naquela província, bem como aproveitar a energia para apostar no agro-procesamento e conservação de alimentos.

“Com energia podemos assegurar o agro-processamento local e a disponibilidade da cadeia de meios frios para a sua conservação e distribuição pelos mercados nacionais, regionais e globais de consumo com a qualidade necessária. Manica, detentor de um elevado potencial agrícola, deve sentir-se desafiada a tornar-se líder na produção e produtividade agrícolas nesta região do país”, disse.

Referiu que o Governo vai continuar a promover reformas no sector agrícola, para propiciar um ambiente favorável de investimento e permitir a entrada de operadores públicos e privados nacionais e estrangeiros.

Construída há 60 anos, a hidroeléctrica de Mavuzi é considerada a mais antiga infra-estrutura de produção de energia da EDM. Foi vandalizada durante o conflito armado e, posteriormente, passou por uma reabilitação de modo a garantir a sua operacionalidade, embora de forma básica, para fazer face às necessidades da população local.

A reabilitação das hidroeléctricas de Mavuzi e Chicamba foi financiada pela Suécia que disponibilizou um donativo equivalente a cerca de 36 milhões de euros, a França, através da Agencia Francesa de Desenvolvimento (AFD), com um empréstimo concessional de 50 milhões de euros e a Alemanha um empréstimo comercial no valor de 18 milhões de euros.

A inauguração da hidroeléctrica insere-se na visita de trabalho de dois dias que o Presidente da República efectua desde ontem à província de Manica.[CC]

http://www.folhademaputo.co.mz//pt/noticias/nacional/pr-nyusi-inaugura-central-hidroelectrica-de-mavuzi-em-sussundenga/

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