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Os operadores de transporte semi-colectivo querem um novo reajuste de preço, para fazer face à última subida do preço dos combustíveis. Para o efeito, os operadores reúnem-se hoje com o Governo para discutir o assunto.

 

A informação foi avançada esta quinta-feira (26) em Maputo, pelo vice-presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Sancho Mavunja, durante uma conferência de imprensa em que a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) reagiu ao último reajuste do preço dos combustíveis para o sector empresarial privado.

 

Segundo Mavunja, após o aumento do preço dos combustíveis, os prejuízos causados pela subida generalizada de produtos e serviços estão a aumentar drasticamente para os operadores. Com efeito, o vice-presidente da FEMATRO disse que o reajuste do preço do transporte deveria ser automático.

 

“O reajuste deveria ter acontecido [na terça-feira], quando subiu o preço do combustível. Tudo que vai acontecendo daqui para a frente é prejuízo para o sector privado. Aqueles autocarros que vocês vêem cheios não trazem lucros, podemos provar isso. É um prejuízo enorme, para além de que as próprias vias não ajudam”, afirmou Mavunja.

 

Antes do reajuste, a FEMATRO reúne-se hoje, em Maputo, com o Governo para encontrar um meio-termo da crise. “Teremos um encontro com o Governo, representado pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, a Agência Metropolitana de Maputo, o Fundo de Transportes e Comunicações e Município de Maputo para em sede da reunião estudarmos o que devemos fazer, porque a situação não está boa”, afirmou o vice-presidente da FEMATRO.

 

Depois do reajuste de Janeiro passado de três Meticais no máximo, da tarifa, em menos de dois meses o preço dos combustíveis subiu nove Meticais o litro. De novo, no passado dia 24 de Maio aconteceu mais um reajuste, de oito Meticais, o litro. De Janeiro a Maio, os operadores concluíram que o reajuste do preço dos combustíveis subiu 17 Meticais. “Trata-se de uma subida galopante contra uma tarifa que vinha desajustada, daí a necessidade de sentar e conversar com o Governo”, reiterou Mavunja.

 

Durante a conferência de imprensa, o transportador não avançou o reajuste ideal, mas sublinhou que, na reunião, a FEMATRO vai defender um equilíbrio face aos custos de operação. “Entretanto, o problema é o utente que não tem capacidade de aguentar um transporte com a devida tarifa, daí que temos de estudar com o Governo a melhor solução para esta crise, que é global”, concluiu Mavunja. (Evaristo Chilingue)

Fonte: Carta de Moçambique

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