MOÇAMBIQUE poderá, nos próximos anos, ser o principal exportador de energia eléctrica no seio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Concorrem para o efeito os elevados investimentos que as autoridades moçambicanas estão a fazer para o estabelecimento de infra-estruturas de geração, incluindo a Central Térmica de Temane (CTT), com capacidade para 450MW, e a respectiva linha de 650 quilómetros, que vai transportar 400KV.

O director de Operações do Mercado na empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM), Luís Raimundo Ganje, em entrevista ao “Notícias”, disse queo país beneficia também de uma diversidade de recursos energéticos, incluindo os não-renováveis, em quantidades que permitem assumir papel relevante na região.

“A visão da EDM é tornar-se um pólo de geraçãona SADC. Para cumprir este objectivo, vários projectos estão em curso nas áreas de geração e infra-estruturas de reforço e expansão do sistema de transmissão, incluindo na interligação com os países vizinhos por onde a energia produzida deve ser evacuada”, disse

A fonte referiu-se igualmente às trocas comerciais, através da venda (exportação) de energia eléctrica com os países da região.

“Aqui destacamos as trocas bilaterais com o Zimbabwe, Zâmbia, Botswana, Lesotho e Eswatini; as vendas de energia no mercado competitivo da SAPP (principal mercado de venda na região), bem como o acordo de longo prazo entre a Hidroeléctrica de Cahora Bassa e a ESKOM para a exportação de energia para a África do Sul”, disse.

Luís Ganje falou aindado acordo para a venda entre 5 a 35 MW de energia ao Lesotho por um período de um ano renovável.

“Este deverá, por um lado, reforçar a segurança energética naquele país vizinho com base na energia firme assegurada pela EDM e, por outro lado, trará divisas para o país, visto que irá garantir uma receita anual de cerca de 8 milhões de dólares norte-americanos.

Este contrato junta-se a outros já renovados com a Eswatini (EEC) e Zimbabwe (ZESA), estando em curso negociações para a exportação de mais quantidades de energia para o Botswana e Zâmbia”, frisou.

Mais detalhes sobre este assunto no PRIMEIRO PLANO da presente edição.

Fonte:Jornal Notícias

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