Morreu aos 74 anos de idade, o músico Salimo Muhammad (Simião Mazuze), na noite desta quarta-feira, vítima de doença.
Salimo Muhammad estava internado no Hospital Central de Maputo, há pouco mais de uma semana, para tratamento de cancro de pulmão de que padecia.
Entre as suas canções, abarcando temáticas de amor, crítica social ou activismo politico, contam-se Mamana Maria, Bilibiza, Xantima ibodlela, Magubane, Gungula nhautomi, Nguva, Sambrowera fandanga, “Waitiva” entre outras.
Os restos mortais de Salimo Muhammad serão cremados, no sábado próximo, na cidade de Maputo, tal como informou à Rádio Moçambique o músico e Secretário-geral da Associação Moçambicana de Autores, Jomalu.
Salimo Muhammad nasceu na província de Gaza, cidade de Xai-xai, aos 13 de Agosto de 1948. (RM)
Desde novo que revelou interesse pela música, mas foi nos anos 1970, cumprindo o serviço militar na Força Aérea, em Portugal, que conheceu o cantor José Cid, e fez as suas primeiras gravações. Seguiram vários discos.
De regresso ao país, em 1974, integra o movimento artístico da época. Inicialmente atuava com o seu irmão Alexandre Mazuze, uma colaboração que durou até 1977, quando foi detido e conduzido ao campo de reeducação, em Bilibiza, Cabo delgado.
Novamente em Maputo, na década de 1980, forma, com Pedro Langa e outros, o grupo Xigutsa Vuma, que dura pouco, mas marca a produção da chamada música ligeira moçambicana.
Além de cantar, Muhammad, era também formado em pintura decorativa, foi actor de cinema, com participação na longa metragem “Tempo dos Leopardos”, uma produção moçambicano-jugoslavo, de 1985.
No início da década de 1990, ele decidiu deixar de usar o nome Simeão Mazuze, quando se converteu ao islamismo.
Na política, Salimo Muhamad foi deputado da Assembleia Municipal da Matola, como membro do partido MDM. (RM)
Fonte:Rádio Moçambique Online