Laitine Melo denunciou existência de famílias que construíram no espaço do aterro como estratégia para ganharem indemnização

A divergência entre os moradores de Mathlemele na Matola e as autoridades sobre a instalação do aterro sanitário está longe de acabar. Jovens, adultos e idosos de Mathlemele, participaram em massa no sábado no encontro de recolha de informações para a realização do estudo de impacto ambiental do aterro que será instalado naquele bairro da Matola.

Na ocasião, os moradores criticaram os procedimentos para sua retirada e denunciaram alegada tentativa de usurpação dos seus terrenos sem as respectivas compensações. Em unanimidade os moradores reconheceram a importância do aterro mas exigem pagamento de indemnizações antes de serem retirados do local onde estão abrangidos pelo projecto do aterro.

Já o município da Matola através do vereador de Salubridade, Parques e Jardins Municipais, Laitone Melo, garantiu que as autoridades vão apenas compensar as famílias que sempre viveram na área contemplada aquando da aprovação do projecto, ao contrário daquelas que foram se instalar depois. Aliás, o vereador denunciou na mesma ocasião existência de famílias que correram para construir dentro do espaço do aterro como estratégia para ganharem indemnização.

Por sua vez, a representante da empresa GOPA gestora do projecto do estudo de impacto ambiental, Inês Guerra disse que depois da reunião havida com os moradores de Mathlemele deverá ser submetida dentro de um mês a versão final do documento ao Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural para avaliação com vista a atribuição da licença ambiental para início das obras.

O aterro sanitário de Mathlemele é um projecto que existe a sensivelmente a 10 anos e está orçado em cerca de 60 milhões de dólares financiados ano passado pelo Governo da Coreia do Sul e o Estado moçambicano.

Lixeira de Hulene encerra em 2018

O processo de encerramento da lixeira de Hulene já foi adiado várias vezes desde 2007. O director para área da Salubridade e Cemitérios no Conselho Municipal da Cidade de Maputo, João Mucavel, reconheceu o atraso do encerramento e disse que a situação resulta do facto de algumas famílias estarem a construir casas no local para onde a lixeira de Hulene vai ser transferida, em Matlemele.

Apesar dessa situação Mucavel garantiu que a lixeira será encerrada em 2018. Os sucessivos adiamentos do encerramento da lixeira de Hulene, na cidade de Maputo, estão a deixar os moradores daquele bairro e ambientalistas agastados.


Fonte:http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade.html

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