O PRESIDENTE do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, apelou quinta-feira ao levantamento das sanções alargadas no ano passado pelo homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, citando preocupações com a democracia no país após a invasão ao Capitólio.
“No ano passado, o Presidente Trump alargou as dolorosas sanções económicas aplicadas ao Zimbabwe, citando preocupações com a democracia do Zimbabwe. Os eventos de ontem (quarta-feira) mostraram que os EUA não têm moral para punir outros países sob o pretexto de defender a democracia”, escreveu Mnangagwa, na plataforma social Twitter.
“Estas sanções têm de acabar”, acrescentou.
Em Março de 2020, Washington prorrogou as sanções contra o Zimbabwe por mais um ano devido a “execuções e violações extrajudiciais” cometidas pelas suas forças de segurança.
Na ocasião, numa mensagem ao Congresso norte-americano, Trump afirmou que o Zimbabwe “tem tido muitas oportunidades de adoptar medidas para colocar o país num caminho construtivo” e de “maior cooperação com os Estados Unidos” desde o afastamento de Robert Mugabe, em 2017, mas que Mnangagwa “provavelmente acelerou a opressão das vozes críticas e a má gestão económica”.
Os EUA mantêm, há quase 20 anos, sanções contra cerca de 100 pessoas e instituições do Zimbabwe, entre as quais o actual Presidente, supostamente aplicadas devido à repressão de opositores.- (LUSA)
Fonte:Jornal Notícias