Garantiu a ministra dos Recursos Minerais e Energia, Letícia Klemens

As decisões finais sobre os investimentos nos projectos de gás e petróleo localizados na bacia do Rovuma deverão ser tomadas até Março, avançou, ontem, a ministra dos Recursos Minerais e Energia, Letícia Klemens, que falava à margem de um seminário realizado na cidade de Maputo.

“Até Março, vamos ter boas notícias”, afirmou a dirigente, segundo a qual as negociações entre as concessionárias continuam e estão já a fazer os últimos arranjos, de modo a decidir. A governante diz que o Executivo “está a cumprir os seus compromissos e está à espera do sinal das concessionárias”.

Recentemente, as concessionárias, nomeadamente, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), a portuguesa Galp e a italiana ENI, tomaram a decisão de investir no gás natural do Rovuma, faltando posições de outras empresas parceiras do projecto e acertos finais para uma decisão conjunta de investimento.

Em Outubro de 2016, o Governo reuniu com os representantes da multinacional Anadarko para discutir questões técnicas que constituem barreiras, com vista à prossecução dos investimentos da companhia na exploração de gás da bacia do Rovuma. Detalhes sobre as negociações não foram divulgados, mas os pontos de agenda incluíam planos de reassentamento, contrato de concessão do terminal marítimo, contrato de concessão de instalação de descarga de material, plano de desenvolvimento do projecto Golfinho-Atum e procedimentos de desembaraço aduaneiro e migração.

Entretanto, o presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional de Petróleos, Carlos Zacarias, não avançou datas para o início dos projectos na bacia do Rovuma, por envolverem avultadas somas de dinheiro, ou seja, mais de 25 biliões de dólares americanos, e ter muitos pontos ainda por acertar.

As negociações havidas entre o Governo e a Anadarko foram resultantes da visita do Presidente da República aos Estados Unidos, onde manteve encontro com o presidente da multinacional Anadarko.

Ainda esta semana, sem avançar muitos detalhes, a ministra dos Recursos Minerais e Energia informou que há também trabalhos em curso para se decidir, em breve, o futuro do projecto Mpanda Nkuwa e da Central Norte, que há muito tempo são levados à discussão, mas não saem do papel para serem colocados em prática.

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