“Havendo necessidade de homenagear e dignificar os moçambicanos que consentiram sacrifícios pela libertação do povo moçambicano”, lê-se no decreto do Conselho de Ministros, de 01 de agosto, que cria este memorial.“Bem como os cidadãos que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, serviços militares, na expansão da cultura, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade”, acrescenta.Para o efeito, o Governo decidiu desanexar 25 hectares da zona de proteção destinada à preservação da natureza e dos ecossistemas, enquanto “local de utilidade e interesse público”, da Reserva Nacional de Malhazine, também designado Parque Ecológico de Malhazine, criado em 2012, na cidade de Maputo, com 568 hectares.Esta área passa “a constituir zona do Memorial aos Heróis Moçambicanos”, define o Governo no mesmo decreto, que entretanto entrou em vigor.O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou, na quarta-feira, no parlamento, um entendimento com a Renamo para construir, também, um Memorial Nacional da Paz, neste caso na Serra da Gorongosa, local onde foi acordado o fim das hostilidades, em 2019.“Trocámos esta visão com a liderança da Renano. O memorial vai homenagear os protagonistas dos processos de paz em Moçambique e fazer da Gorongosa uma referência nacional e internacional na construção de paz, tolerância e reconciliação”, anunciou o Chefe de Estado, ao fazer o balanço anual do estado da nação, na Assembleia da República, em Maputo.Em 01 de Agosto de 2019 foi assinado na Gorongosa o Acordo de Cessação Definitiva das Hostilidades Militares, entre o Governo e o líder da Renamo, Ossufo Momade, após anos de conversações, naquela serra no centro do país .

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