Doadores internacionais unem-se e lançam Fundo Fiduciário de Protecção Social, para ajudar o governo do Malawi a enfrentar os choques da actual crise económica.

Trata-se do Banco Mundial e os governos dos EUA e da Islândia, que pela primeira vez em nove anos, voltam a canalizar directamente recursos financeiros ao orçamento do Estado, através do Banco de Reserva do Malawi.

São cerca de trezentos milhões de dólares que serão desembolsados ao governo de Lilongwe, para dar assistência aos malawianos mais vulneráveis ​​e investir nas comunidades locais em obras públicas que possam recuperar os solos e bacias hidrográficas.

O valor, irá igualmente ajudar a impulsionar as colheitas e aumentar a resiliência do Malawi aos efeitos das mudanças climáticas e incrementar a renda das famílias dependentes da agricultura de sequeiro.

O embaixador dos Estados Unidos da América no Malawi, David Young, disse que o governo dos EUA está a acompanhar de perto a situação da segurança alimentar e económica no Malawi, por isso comprometeu-se a trabalhar lado a lado com o governo de Lilongwe, para enfrentar os choques da actual crise económica e ajudá-lo a seguir o caminho certo para se tornar uma nação auto-suficiente.

Para esse fim, David Young reconheceu não ser tarefa fácil mas prometeu que os EUA desenvolverão uma forte parceria e instará o governo do Malawi a continuar a realizar reformas que incentivem a diversificação da economia e estimulem o investimento em todos os sectores.

A chefe de missão da Embaixada da Islândia, Inga Dóra, disse que o fundo fiduciário é um instrumento crucial para apoiar o Malawi, a se recuperar dos seu desafios sócio-económicos.

Já o gerente nacional do Banco Mundial para Malawi, Hugh Riddell, explicou que embora essa possa não ser a solução final para os desafios da balança de pagamentos do Malawi, é um amortecedor importante que ajudará a criar previsibilidade em termos de entrada de mais financiamentos.

O ministro das Finanças do Malawi, Sosten Gwengwe, agradeceu o apoio e sobretudo a confiança que os doadores começam a depositar no governo do Malawi.

Foi em 2013 que os doadores internacionais suspenderam o apoio directo ao orçamento do estado no Malawi, após um escândalo financeiro que envolveu altas figuras do governo que conspiraram com empresários e políticos.

A suspensão do apoio directo ao orçamento do estado, afectou duramente vários sectores, já que o estado não podia financiar o défice por conta própria.  RM Blantyre)

Fonte:Rádio Moçambique Online

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