Em comunicado, a ministra da Família e do Género, Marthe Kirima, afirmou que as crianças continuam a ser recrutadas como combatentes, espiões, mensageiros, cozinheiros e até usadas como escravas sexuais.Embora 15 mil crianças tenham escapado das forças rebeldes, muitas estão traumatizadas e têm dificuldade em regressar à vida normal, acrescentou.Hoje, assinala-se o Dia Internacional Contra a Utilização de Crianças-Soldados, estimando o Conselho de Segurança da ONU que haja 300 mil crianças-soldados espalhadas pelo menos em 86 países.A RCA, país rico em minerais, mas considerado um dos mais pobres do mundo, atravessa um conflito desde 2013, quando os rebeldes Seleka, predominantemente muçulmanos, tomaram o poder e forçaram o então Presidente François Bozize a abandonar o cargo.As milícias, maioritariamente cristãs, ripostaram, e o conflito atinge, também, a população civil.As Nações Unidas, que têm uma missão de manutenção da paz no país (Minusca), estimam que os combates tenham matado milhares de pessoas e deslocado mais de 1 milhão, ou seja, um quinto da população.

Fonte : Folha de Maputo

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