Mambas dominaram primeiros minutos da partida diante do Lesotho

O“caldeirão” de Chiveve vestiu-se de vermelho, que foi a cor de gala para esta partida que opunha frente-a-frente as selecções de Moçambique e do Lesotho. O campo do Ferroviário da Beira, na Manga, quase totalmente lotado para a primeira partida nocturna. Ainda que a iluminação não esteja ainda em melhores condições, já que eram visíveis as sombras dos jogadores, a luz artificial foi inaugurada com a vitória dos Mambas diante dos Basuthos, por uma bola sem resposta, com o golo a ser apontado por Dayo, mesmo ao minuto 90, num cabeceamento de mestre.

Alterações iniciais enfraqueceram os Mambas

E para este jogo, Abel Xavier deu o melhor presente aos beirenses, com Reinildo – ex-Ferroviário da Beira – e Maninho – actual capitão dos campeões nacionais, no onze inicial. Mas por outro lado, preferiu deixar Malembane (mais uma vez) e Ratifo no banco de suplentes, colocando no onze inicial jogadores como Salomão, Gito e Kambala, para além do guarda-redes Victor. Essencialmente verificou-se que foi uma selecção para encarar os jogos do CAN-Interno, já que apenas quatro jogadores (Zainadine, Reinildo, Dominguez e Clésio) foram os únicos “internacionais” a entrarem de início.

Os primeiros minutos de jogo foram todos eles de domínio do combinado nacional, com o capitão Dominguez a ser a grande dor de cabeça, juntamente com Clésio, que procuraram chegar o mais rápido possível ao golo, mas a encontrarem uma boa resposta da defensiva adversária.

A meio da primeira parte, o Lesotho equilibrou os acontecimentos em campo e, por duas vezes, Txapelo teve nos pés a possibilidade de abrir o marcador, sendo, na primeira jogada, antecipado por Zainadine Júnior e depois, na segunda jogada, por Victor, após deixar em contrapé a defensiva nacional. Aliás, Zainadine Júnior e Jeitoso, desta vez não coordenavam nas saídas, deixando a nu as fragilidades defensivas.

Só mesmo no final da primeira parte é que os Mambas voltaram a reagir, a chegar com algum perigo na baliza do guarda-redes do Lesotho. Dominguez, que foi a melhor unidade dos Mambas nesta partida, cruza para a cabeça de Maninho, que serve de bandeja para Loló, mas o remate deste sai a rasar a baliza suthu. Terminava a primeira parte com a selecção nacional a pressionar o seu adversário e com o nulo a persistir.

Dominguez falha penálti

Na segunda parte, Abel Xavier, preocupado com o pendor ofensivo dos Mambas e querendo golos para confirmar a vitória no jogo, mexeu no seu xadrez, fazendo entrar Bhéu, Raúl, Luís Miquissone, Ratifo e Dayo, estes três últimos para o ataque, para os lugares, sucessivamente de Salomão, Gito, Loló, Clésio e Maninho. E fruto dessa acção ofensiva, o combinado nacional ganha uma grande penalidade inexistente, por pretensa mão na bola (quando a bola foi a cara do defensor suthu). Dominguez, chamado a cobrar, não teve perfeição e permitiu a defesa do guarda-redes contrário, para a decepção completa dos adeptos dos Mambas.

A selecção nacional continuava em cima do seu adversário e, minutos depois, o recém-entrado Ratifo galga terreno, desde o meio campo, entra na área, passa por um adversário e, no momento do remate final, desequilibra-se e perde a bola para o outro recém-entrado guarda-redes Daniel da formação do Lesotho, que substituiu o lesionado.

E porque o tempo passava e nada acontecia, os médios moçambicanos subiam no terreno à busca do almejado golo e encurralando o adversário. Até Kambala experimentou um remate forte, de fora da área, aquecendo as luvas de Daniel. Era o sufoco na defesa sutho. Dayo, Raúl, Clésio, Dominguez e Luís Miquissone tentavam a todo o custo o golo, mas este teimava em aparecer.

O golo de mestre de Dayo

O tempo passava e deixava apreensivos os adeptos moçambicanos, que queriam, porque queriam gritar golo na cidade da Beira, e foi o que se viu, ao minuto 90, por intermédio de Dayo, num cabeceamento de grande nível, a proporcionar festa a dobrar no “caldeirão”. Afinal foi o jogador do Ferroviário da Beira a marcar no campo do Ferroviário da Beira.

Assim se fez a festa no “caldeirão”, na Beira e em todo o país, pela segunda vitória consecutiva de Abel Xavier nesta dupla operação da data-FIFA.

 

 


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