Lona Tchedna sublinhou, contudo, que o país precisa de criar, antes, uma estrutura interna, um Ponto Focal, em cumprimento dos artigos 6.2 e 6.4 do Acordo de Paris, para depois se lançar no mercado do carbono.”Mesmo que venhamos a ter compromissos com projectos, empresas ou países interessados no mercado de carbono, primeiro é preciso criar uma estrutura interna”, declarou o director-geral do Ambiente e Biodiversidade guineense.Tchedna acredita que a Guiné-Bissau, com a floresta e o parque do tarrafe (mangal) que possui, sendo o terceiro em África, vai atrair “muitos interessados” no mercado do carbono, até porque o país tem como meta reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 30 por cento até 2030.”A floresta e os tarrafes são fontes primárias de sequestro do carbono, isso dá-nos uma vantagem comparativa no mercado do carbono. A Guiné-Bissau tem um enorme potencial”, observou o responsável do Ambiente guineense.Dados do Banco Mundial, de 2020, apontam que a Guiné-Bissau tem uma emissão per capita de C02 na ordem de 0,16 toneladas métricas enquanto a média mundial, com base em 185 países, é 174 mil 561 kilotoneladas.O diretor-geral do Ambiente e Biodiversidade notou ainda que, mesmo tendo a estrutura nacional, a Guiné-Bissau necessitaria de capacitar ou criar técnicos nacionais “que vão operar nesse mercado que é complexo”.
Fonte : Folha de Maputo