Giphy acredita que novas gerações veem GIFs como ferramentas antiquadas e tenta conseguir aval de agência antimonópolio do Reino Unido para completar venda à Meta.
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Giphy
Em mais um capítulo da batalha judicial em torno de sua venda à Meta, a Giphy relatou à Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês), do Reino Unido, que a nova geração não vê com bons olhos os GIFs.
“Eles saíram de moda como forma de conteúdo, com usuários mais jovens em particular descrevendo GIFs como ‘para boomers’ e ‘cringe’ ” , escreve a Giphy, em um dos documentos da disputa judicial.
A empresa é um site popular especializado em armazenar arquivos desse tipo. Nos últimos meses, a biblioteca de GIFs tenta destravar sua venda por US$ 400 milhões, interrompida por investigação da CMA contra monopólio.
No mesmo documento judicial, a Giphy ainda mostra reportagens e tweets com brincadeiras sobre como GIFs são antiquados, bregas e usados por pessoas mais velhas.
“Eu acabei de aprender a usar GIFs para reagir e os adolescentes agora estão me informando que GIFs são ‘cringe'”, relata um dos usuários nas postagens citadas.
O site também relata que viu a busca e upload de GIFs caírem entre outubro de 2020 e maio de 2022 — a dimensão da queda, no entanto, não é revelada no documento.
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Processo de compra
Em 2020, a Giphy foi comprada pela Meta, controladora do Facebook. O negócio começou a ser investigado pela CMA, que no ano seguinte determinou que a controladora venda a Giphy.
A justificativa do órgão foi que o acordo permitiria à empresa “aumentar seu já significativo poder de mercado”. Dessa forma, argumentou a CMA, a gigante da tecnologia poderia negar ou limitar o acesso de outras plataformas ao Giphy e direcionar o tráfego para sites geridos pelo Facebook.
Meses depois, a venda compulsória foi suspensa pelo Tribunal de Apelação da Concorrência do Reino Unido. Com a volta do processo, a Giphy tenta convencer a CMA a manter sua venda à Meta.
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Apelação
Além de dizer que os GIFs saíram de moda, a Giphy relata ao tribunal que atualmente talvez não existam mais candidatas que entrariam no negócio para tirar da Meta a biblioteca de GIFs.
A empresa também cita que, caso a compra seja impedida pela CMA, a agência poderia atrapalhar a Giphy contra competidores, já adquiridos por outras gigantes, como Tenor (da Google) e Gifycat (Snapchat).
“Será imperativo que a CMA considere a adequação do potencial comprador proposto com muito cuidado para garantir que o comprador tenha os fundos, conhecimento do mercado e estrutura de gerenciamento para permitir que a GIPHY comece a reconstruir e competir vigorosamente”, completou o site.

Globo Tecnologia

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