De que informação os moçambicanos precisam para entender a situação que se vive na província de Cabo Delgado, desde 05 de Outubro de 2017? Esta é a questão que o Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, se coloca e também faz a “algumas frentes da sociedade” que, de forma recorrente, dizem não ter informação sobre a real situação que se vive naquele ponto do país.

 

Nesta segunda-feira, durante o seu discurso de saudação aos professores, por ocasião da passagem do seu dia, 12 de Outubro, o Presidente da República voltou a abordar o assunto “Cabo Delgado”, tendo, primeiro, revelado os estragos causados pelos terroristas no sector da educação e, depois, esclarecido não haver outras informações a avançar para o povo moçambicano, para além do que já é público: que os terroristas estão a ceifar vidas humanas e a queimar casas.

 

“Esta situação não pode continuar assim. E muitas vezes, algumas frentes da sociedade reclamam de falta de informação. De que informação precisam? Estamos a dizer que pessoas estão a matar, estão a queimar casas, estão a assassinar. Estamos a dizer que eles não falam, não dizem quem são e o que querem dizer. Estamos a dizer que as pessoas estão a correr, até dizendo nomes, números e onde se encontram. E dizem que o país tem de dizer… Temos de dizer o quê? Se as pessoas estão a morrer, as famílias estão a perder… O que temos de fazer é todos nós, os moçambicanos e aqueles que nos ajudam, trabalhar para pôr fim a esta frente. Isto é uma frente, é uma grande envergadura”, atirou Filipe Nyusi, dissipando, desta forma, qualquer dúvida (se havia) sobre a real situação que se verifica naquela parcela do país.

 

Aliás, como forma de provar que o país precisa unir-se para combater os terroristas, o Chefe de Estado repisou que os antigos combatentes, baseados na província de Cabo Delgado, têm colaborado com as Forças de Defesa e Segurança (FDS), facto testemunhado nas últimas operações, nos distritos de Muidumbe e Nangade, onde os antigos combatentes empunharam armas e juntaram-se às jovens militares. “Estão connosco. Não precisam de ser convidados”, atirou Filipe Nyusi, garantindo haver entrosamento entre as duas gerações.

 

Refira-se que entre as preocupações que apoquentam a sociedade está a falta de uma comunicação à nação, por parte de Filipe Nyusi, em torno da barbárie que se verifica na província de Cabo Delgado, tal como tem sido prática, desde a eclosão da pandemia do novo coronavírus. Nas contas da “Carta”, o Presidente da República já proferiu 10 comunicações à nação, no âmbito da prevenção e combate à pandemia. (A. Maolela)   

Fonte: Carta de Moçambique

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *