José Luis Zapatero fará parte do painel que vai debater “A inclusão social como alavanca para o desenvolvimento sustentável” no 2º Fórum MOZEFO

José Luis Zapatero, antigo presidente do governo de Espanha (2004-2011), é um dos principais oradores do 2.º Fórum, agendado para os dias 22, 23 e 24 de Novembro próximo. Vai estar no painel que discutirá o tema “A inclusão social como alavanca para o desenvolvimento sustentável”, no primeiro dia do evento. O que representa para si participar no Fórum MOZEFO 2017? Quero expressar a minha grande satisfação por participar, nos próximos dias 22, 23 e 24 de Novembro, em Maputo, Moçambique, no Fórum MOZEFO. Para mim, o MOZEFO é uma grande plataforma que procura unir e contribuir para o desenvolvimento sustentável de um país que, para mim, é cativante. Um país que, durante o meu mandato de presidente do governo Espanhol, tive uma excelente relação, com o qual desenvolvemos uma relação intensa de cooperação, especialmente, na área da saúde. Que valor acrescentado traz um fórum como o MOZEFO? Olhe, nunca, como hoje, na história, tivemos tantas possibilidades de enfrentar os grandes desafios que marcaram as maiores desgraças da humanidade. Nunca, como hoje, na história, podemos superar as doenças e mortalidade infantil, de garantir educação para a maioria das crianças e adolescentes, para que essa educação se converta na grande ferramenta para prosperar, para serem países que oferecem oportunidades aos seus cidadãos e promovam a coesão social. Nunca, como agora, há tanta consciência em cada cidadão do mundo, graças à comunicação global, para que o progresso, a justiça social e a inclusão sejam os valores que todos os países devem ter como prioritários e todos os governos devem ouvir e cumprir. Que contribuição podem esperar de si os participantes no Fórum MOZEFO? No fórum de Maputo, irei contribuir para o debate com a minha experiência, sobre quais os caminhos para o desenvolvimento e, sobretudo, incentivarei todos os participantes, empreendedores, cidadãos, mulheres, organizações não-governamentais para que possam ter um horizonte de justiça social, inclusão e sobretudo de paz.         Vai estar no painel que discutirá o tema “A inclusão social como alavanca para o desenvolvimento sustentável”, no primeiro dia do evento. Qual a sua concepção sobre desenvolvimento? Falar de desenvolvimento é falar de educação, de conhecimento, de inovação e tecnologia. Falar de progresso é falar de educação, de conhecimento, de inovação e tecnologia. E falar de esperança para um país, para uma pessoa, para qualquer ser humano é ter, hoje em dia, a capacidade de se aproximar e conhecer a imensa revolução tecnológica de conhecimento que estamos a viver. Uma revolução que vai mudar as nossas vidas, vai mudar a vida de todos, vai mudar a vida de muitos países, mas deve também mudar as vidas dos países em vias de desenvolvimento. Acredita no desenvolvimento do continente africano? Há quem seja pessimista e olhe África como um continente condenado à fatalidade, à pobreza… Há dados que trazem esperança e são muito significativos, a maioria dos cidadãos africanos dispõem, hoje, de um telemóvel com acesso à internet, que lhes dá acesso a mais informação, a cada um, do que tinha o presidente dos Estados Unidos há 30 anos. O continente africano deu um salto de desenvolvimento tecnológico, não teve de instalar postes para a rede telefónica e entrou logo na telefonia móvel, criando oportunidades para a economia, educação, para a saúde de que beneficiam muitos africanos. Esperamos que a tecnologia, a inovação e a revolução que vamos viver, e estamos já a sentir os efeitos, da inteligência artificial, do big data e desse mundo infinitamente novo e de progresso, cheguem também a África e aos lugares mais humildes. Porque, hoje, a tecnologia pode transferir-se, pode adquirir-se e chegar a ela. Essa é a obrigação que temos de reflectir, debater, compreender e juntarmo-nos à revolução tecnológica que será a grande revolução social.

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