MAIS um livro que retrata o percurso histórico dos 10 anos da luta armada de libertação nacional foi lançado ontem no Centro Cultural da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo.

Trata-se de obra “M’Toto: Combatente pela Liberdade”, da autoria do Major-General na reserva, Eduardo Silva Nihia, que retrata o percurso do autor desde a sua infância, o ingresso na Frente de Libertação de Moçambique, a luta armada até à proclamação da independência nacional e formação da República.

O acto contou com a presença do Presidente da República, Filipe Nyusi, que considerou a obra um importante instrumento e contributo para a valorização e preservação da história de Moçambique e dos seus heróis.

Nyusi afirmou que as histórias partilhadas pelos companheiros de fileiras fazem perceber que Eduardo Silva Nihia sempre quis que o seu percurso se destacasse, daí ter se empenhado para que as suas qualidades fossem enaltecidas.

“O General Nihia vai continuar a ser sempre um exemplo para as novas gerações. O seu percurso sempre foi uma referência e não faltam exemplos para isso. Agora que a sua vida e obra estão retratadas em livro, estão criadas as condições para maior valorização”, disse o Chefe do Estado.

“M’Toto: Combate pela Liberdade” conta a história de vida de Eduardo Silva Nihia em 12 capítulos, organizados em 199 páginas. A apresentação do livro foi feita por Maria Brígida Nihia, esposa do autor, sendo que o prefácio é da autoria do também general na reserva, Raimundo Pachinuapa.

Na sua intervenção, Raimundo Pachinuapa afirmou que Eduardo Nihia sempre se destacou entre os companheiros e nunca se recusou a cumprir as missões que lhe eram incumbidas, independentemente das condições.

“Conheci o camarada Nihia em 1963, quando chegou a Dar-es-Salam. Devido à sua idade e estatura física, foi aconselhado pelo Presidente Eduardo Mondlane a continuar os estudos, mas ele recusou-se, afirmando que se juntou à Frelimo para combater o colonialismo”, contou Pachinuapa, acrescentando que foi nessa altura que lhe foi atribuída a alcunha “M’Toto”, que significa criança, com a qual passou a ser tratado pelos companheiros de trincheira.

Afirmou que o livro é retrato verídico do percurso de Eduardo Nihia na luta de libertação nacional e noutras fases da sua vida e que, certamente, ainda existem muitas etapas que podem ser narradas noutros livros que ainda espera ver lançados pelo autor.

O antigo Presidente da República, Armando Guebuza, que escreveu o posfácio da obra, afirmou que Eduardo Nihia é um exemplo de personificação de heroísmo nacional, porque faz parte do grupo de pessoas que largaram os seus sonhos e oportunidades para seguir os destinos da epopeia libertadora.

“Naqueles tempos não havia tarefas pequenas ou grandes e ‘M’Toto’ aceitava cumprir todas com o mesmo entusiasmo e coragem. Por isso, o seu livro deve ser considerado como um exemplo para as novas gerações, porque é um testemunho da luta pela dignidade plena dos moçambicanos”, disse Guebuza.

O autor agradeceu o apoio e o encorajamento dos colegas e companheiros de trincheiras que o incentivaram a retratar o seu percurso histórico em livro, que se torna uma referência obrigatória para as novas gerações.

Entre colegas e companheiros de trincheira, Nihia destacou o papel de José Moiane e Osvaldo Tazama, já falecidos, Raimundo Pachinuapa, Armando Guebuza, entre outras figuras com as quais partilhou diversos momentos na luta armada de libertação nacional.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/politica/71466-da-autoria-de-eduardo-nihia-livro-retrata-historia-da-luta-de-libertacao.html

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