O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, manteve um encontro com o corpo diplomático acreditado em Maputo, no qual partilhou informação sobre o pulsar da situação política, da segurança, económica e social do país.

Falou ainda das realizações da agenda do Governo, constrangimentos e o que tem sido feito para superar esses desafios, sobretudo através do esforço do povo, complementado pela parceria e cooperação com cada um dos países amigos.

Sobre a situação política, Filipe Nyusi reiterou que o país vive um ambiente de relativa calma e estabilidade, com as instituições do Estado de Direito Democrático a funcionarem com normalidade.

“No quadro do diálogo político e entendimentos alcançados com a liderança da Renamo e nas consultas que temos mantido com as forças vivas da sociedade, em 2020 iniciou e foi aprofundada a implementação do processo de descentralização governativa em todas as províncias do país e na cidade de Maputo”, disse.

Desse processo, referiu, pode se afirmar, com segurança, que foi acertada a opção, porquanto os cidadãos passaram a ter mais poder de decidir e beneficiar de melhores serviços, contudo ainda é um processo que deve sempre ser aperfeiçoado de modo a satisfazer os interesses do povo que assim decidiu.

No quadro do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, tem estado a ser implementado o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos elementos armados da Renamo.

Trata-se de um processo que visa consolidar a paz e a estabilidade, trazendo ao convívio da família moçambicana e para as comunidades os ex-guerrilheiros da Renamo.

É digno de realce que até ao momento 2307 antigos guerrilheiros da Renamo, entre os quais 153 mulheres, o que corresponde a 44 por cento, foram abrangidos. Não fossem os constrangimentos decorrentes da Covid-19 e de ordem financeira até Junho ou Agosto do presente ano previa-se a conclusão do processo.

Por outro lado, com agrado, segundo Nyusi, são recebidos alguns membros da auto-proclamada Junta Militar da Renamo que, livremente, têm estado a beneficiar do processo e posteriormente são reintegrados nas respectivas comunidades.

“Apelamos aos demais membros a seguirem o exemplo dos seus colegas, incluindo o cidadão Mariano Nhongo”, afirmou.

Enalteceu os parceiros de cooperação, que mantiveram a sua fé na incansável procura da paz dos moçambicanos, apoiando, sem reservas, em recursos para a implementação dos compromissos no âmbito do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional.

Destaca-se, igualmente, o empenho do representante pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas, os embaixadores dos países e organizações membros do Grupo de Contacto, o Secretariado do DDR e as equipas técnicas do Governo e da Renamo. Leia mais

Fonte:Jornal Notícias

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